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Articulação para levar Djalma Berger à Eletrosul deve ficar só nisso: articulação

É grande a mobilização para abrigar o ex-prefeito de São José, Djalma Berger, na presidência da Eletrosul. Envolve
próceres do PMDB e do PT, pois Cláudio Vignatti ainda não desistiu de uma diretoria da estatal (a de Operações, que continua vaga). O vice-presidente e articulador, Michel Temer, está empenhado nessa engenharia, que poderia levar o recém-empossado comandante, Márcio Zimmermann para a Eltrobrás. A moeda de troca é o voto precioso de Dário Berger, irmão de Djalma, no Senado. Notadamente na segunda medida provisória do arrocho fiscal dilmista.
Só faltou combinar o jogo com a própria presidente Dilma Rousseff e também com Márcio Zimmermann, que já parece muito à vontade e confiante no comando da maior estatal federal do Sul. No velório de Luiz Henrique, por exemplo, Paulo Afonso Vieira (diretor de Administração da empresa) colocou dois deputados do PMDB em contato com Zimmermann e ele até os convidou para uma visita à empresa. Ou seja, não sinaliza para solução de descontinuidade. Muito pelo contrário.

DÁRIO E DJALMA

OPINIÃO DO BLOG

A Eletrosul merece um presidente do quilate de Márcio Zimmermann. Técnico competente e reconhecido em todo o setor elétrico brasileiro. Uma mudança agora, duas semanas depois de ele sentar na cadeira, seria colocar por água abaixo sua brilhante trajetória. Ainda mais para trocá-lo por uma figura do calibre de um Djalma Berger, político profissional que não entende absolutamente nada de energia. E que tem um histórico no mínimo controverso na política. Resumindo: seria o fim da picada degolar Zimmermann, que nem teve cerimônia de posse, pelo irmão do senador do PMDB. Seria a desmoralização do próprio governo federal.

Foto: arquivo, divulgação