Estamos chegando a meados de março de 2023. Jorginho Mello não tem nem dois meses e meio de governo, mas as articulações com vistas a 2024 estão a todo vapor. Já falamos aqui de Blumenau, de Tubarão (que é um caso sui generis) e hoje vamos falar de Joinville e Florianópolis. Assim, fechamos os três grandes municípios.
Santa Catarina é o único estado em que a Capital não é a maior cidade. É mais uma característica nossa, dentre tantas outras. Algum estado tem entre suas empresas tantos produtores rurais e também empresas urbanas de pequeno e médio porte como Santa Catarina Nenhum. Algum estado tem o perfil tão empreendedor e voltado á inovação com o nosso? Nenhum. Algum estado tem o perfil tão exportador e de uma economia tão diversificada e no contexto exportador tantos portos como o que se vê por aqui? Nenhum, nem São Paulo.
Hours concours
Obviamente que o Porto de Santos é o maior da América Latina. Ninguém questiona que SP é a locomotiva econômica do Brasil. Santa Catarina, no entanto, a cada ano que passa vem se destacando em todos os indicadores.
Esgoto
Só uma condição nos envergonha. Saneamento básico. Mas já houve uma realidade pior. Por anos, ganhávamos somente do Piauí. Hoje estamos na metade do ranking nacional de saneamento entre os Estados brasileiros. Muito falam que SC é a Suíça brasileira.
Norte
Mas voltemos à análise municipal. Joinville Dali já saíram dois governadores de três mandados desde a redemocratização: Pedro Ivo Campos e Luiz Henrique da Silveira. Além de pujante sob o aspecto econômica, tem peso eleitoral que pode decidir qualquer pleito. Indiscutivelmente.
Vitrine
É dali que pode sair o principal adversário de Jorginho Mello em 2026. Adriano Silva, jovem empresário que é aprovado por mais de 80% dos joinvilenses.
O governador, ciente da força de Silva, tentou atraí-lo. O alcaide contudo, permanece reticente à ideia de filiar-se ao PL.
Potencial
Uma vez reeleito, o que é muitíssimo provável, Silva torna-se o grande potencial adversário do governador. Poderá até não levar, obviamente, mas entraria na fila para a sucessão do próprio Jorginho em 2030.
Menos rígido
Ainda mas agora que o Novo está flexibilizando suas diretrizes por uma questão de sobrevivência. Vai aceitar fundo partidário a partir de 2024, assim como permitirá coligações. O partido tinha oito deputados federais e só reelegeu três, sendo um de SC, Gilson Marques, mas com isso não tem direito aos fundões (eleitoral e partidário) para financiar partidos e campanhas, nem tempo de rádio e TV.
Presença
Adriano Silva seguramente será convidado para os debates na eleição do ano que vem porque é o prefeito e candidato fortíssimo à reeleição, mas nenhuma empresa terá a obrigação de chama-lo aos eventos midiáticos de campanha.
Natural
Adriano é um grande nome para enfrentar Jorginho em 2026. O governador evidentemente tentará a reeleição.
Tijolo por tijolo
Jorginho está construindo caminhos no maior colégio eleitoral do estado. Cleverson Siewert, secretário da Fazenda, que já teve seu nome cogitado para disputar a eleição de Joinville na reeleição de Udo Döhler e na eleição do atual prefeito, poderá ser o nome do governo no Norte.
Lacuna
Caso Adriano Silva não venha a compor com Jorginho Mello, Siewert poderá entrar no páreo. Se isso ocorrer e ele chegar ao segundo turno já estaria criado um fato novo.
Alô, Topázio
O governador também está atuando na direção de Topázio Neto, que está nadando de braçada na Capital. Surgiu o nome do deputado Marquito, que fez boa votação, mas o restante levou na cabeça no último pleito em Florianópolis.
Nominata
Bruno Souza, Amins, Ed Pereira, Paulinho Bornhausen, Pedrão Silvestre, e por aí vai. Todos saíram derrotados das urnas. Bruno Souza acaba sendo opção para disputar em São José.
Abrigo
Jorginho vai tentar acertar com Topázio, trazendo o prefeito para o PL. Se ele não topar, o governador buscará outro nome evidentemente.
Pivõ
O fato é que o chefe do Executivo estadual vem fazendo movimentos muito favoráveis nos três maiores municípios do estado. Não só com vistas a 2024, mas já penando em 2026.
Observando
Muito embora não se possa ignorar a hipotética candidatura de Adriano Silva ao governo daqui a quatro anos, ainda mais se Romeu Zema, governador de Minas, for candidato a presidente.
O catarinense e o mineiro são os dois únicos detentores de mandatos no Executivo filiados ao Novo. Um poderá precisar do outro ali adiante.