Blog do Prisco
Coluna do dia

Artilharia contra Colombo

Deputado federal, presidente estadual do PR e candidato ao Senado, Jorginho Mello, em entrevista que concedeu ao SBT Meio Dia de ontem, deixou claro que tem como um dos alvos preferencias o concorrente Raimundo Colombo. O ex-governador também disputa a Câmara Alta.

Jorginho foi bem incisivo. Citou, inclusive, que Raimundo Colombo teria declarado que não gostava de ser senador. O pessedista foi eleito para o Senado em 2006. Assumiu em 2007 e renunciou em 2010, quando foi eleito governador. Mello deu a entender que existe uma gravação em que o pessedista teria afirmado isso. É material que pode ir para o rádio e a TV neste mês.

O líder do PR em Santa Catarina foi além. Afirmou que Colombo traiu o MDB – no contexto de que o ex-governador não articulou o apoio do PSD ao Manda Brasa, retribuindo os gestos praticados pelo MDB em 2010 e 2014, quando o partido fechou com a eleição e a reeleição de Colombo.

O Republicano aposta no segundo voto de outros partidos e disputa o primeiro voto do MDB com Paulo Bauer. Desconstruir um dos principais candidatos faz parte de sua estratégia eleitoral. A conferir como evolui a campanha.

 

Cizânia

Candidato estreante a deputado federal pelo PSDB, o ex-Defensor Público-Geral, Ralf Zimmer Junior, repudia veementemente a informação de que somente quem está exercendo cargo eletivo, no caso, mandato federal, será contemplado com recursos advindos do Fundo Partidário. Para Zimmer, essa decisão, além de ser uma injustiça para aqueles, que como ele, estão estreando na vida pública, privilegia apenas os que já tem mandato  e que votaram a favor da manutenção do Fundo.

 

Ação e desistência

“Não que eu defenda que a divisão deveria ser igual, mas somente quem tem mandato ter acesso ao Fundo Partidário beira ao deboche”, disse, deixando claro que pretende judicializar essa questão. “ Estou consultando meus advogados sobre a viabilidade de uma ação”, afirmou ele, informando que se não for revista essa questão, poderá até mesmo abandonar a sua candidatura. ” Numa democracia, os direitos devem ser igualitários. O que estamos assistindo, é apenas a manutenção do status quo”.

 

Aumento do Judiciário

Relator do Orçamento da União de 2019, o senador catarinense Dalirio Beber deu declarações, à mídia nacional, sinalizando que o Congresso pode vetar o aumento de 16,38% autoconcedido pelos ministros do STF e já negociado com Michel Temer.

“Nada contra o Judiciário, mas o momento de dificuldades, que está induzindo a fazer o adiamento de um reajuste concedido há mais tempo ao funcionário publico federal, não faz sentido criar uma nova despesa inerente a reajustes, cria uma instabilidade”,  afirmou Beber, em entrevista à Rádio Senado, na terça-feira. “O Judiciário tem que suportar as mesmas dificuldades do Executivo,” comparou Dalirio.

 

Deboche

O reajuste de mais de 16% para o teto dos supremos juízes vem em péssima hora. É quase que um deboche em um país assolado pelas mais diversas mazelas e onde há pelo  menos 14 milhões de desempregados. E não só porque aumenta em mais R$ 5 mil o salário dos ministros do Supremo, mas também pelo nocivo e pesado efeito cascata que gera em todo o funcionalismo, inclusive nos demais Poderes. A conferir se o sentimento de Dalirio será majoritário e se o Congresso Nacional terá forças para peitar o Judiciário.