Nesta terça-feira, 30 de agosto, os trabalhadores nas empresas Epagri e Cidasc de todo o estado se reúnem, em Florianópolis, para assembleia geral unificada para decidir o rumo da campanha salarial 2016/17. A greve está na pauta, visto que o governo do estado sem mantem intransigente em não pagar ao menos a inflação (INPC) do período, calculada em 9,83%.
Segundo dados do Dieese/SC, para que o salário destes trabalhadores retorne ao mesmo poder de compra de 1995 – desde o Plano Real- o reajuste salarial deveria ser de 113%. Para os dirigentes dos 13 sindicatos que representam estes trabalhadores, está ficando difícil conter os ânimos, pois são anos sem um ganho real e sempre precisando mendigar a reposição da inflação. Com a data-base em maio, as negociações com as empresas e com a Secretaria de Agricultura e Pesca, Moacir Sopelsa seguem desde abril. Nem mesmo uma audiência com Nelson Serpa, Secretário da Casa Civil, dia 16 de agosto, surtiu efeito e a resposta quanto à reposição da inflação tem sido negativa.
A agricultura catarinense gera 30% da riqueza do Estado e os trabalhadores na Cidasc e Epagri são fundamentais para esse resultado. Segundo o Balanço Social da Epagri, o lucro gerado pela empresa ao Estado, diz que a cada R$ 1,00 (um real) investido, o retorno é de R$ 3,58 (três reais e cinquenta e oito centavos). Além de que, a sanidade agropecuária no território catarinense garantida pelo trabalho da Cidasc possibilitou em 2015 a exportação de 515 milhões de dólares em carne suína.
Audiência no TRT
Na tarde do dia 30 de agosto, a partir das 14horas, os trabalhadores também irão se concentrar em frente ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho), na Av. Rio Branco, na capital, quando acontece a 1º audiência de dissídio de coletivo das empresas Epagri e Cidasc e Codesc, Ceasa e Santur.