Até que enfim!
Eduardo Cunha, enrolado até o pescoço na Lava Jato e outros malfeitos, finalmente foi afastado do mandato. Por consequência, não preside mais a Câmara dos Deputados.
Embora tardia, acabou vindo em boa hora a decisão do ministro Teori Zavascki, catarinense de nascimento. Até porque, a Procuradoria Geral da República já havia tomado a iniciativa de pedir o afastamento de Cunha em dezembro de 2015. Lá se foram quase seis meses. Este lapso de tempo acabou permitindo que o polêmico parlamentar presidisse todo o processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara. Algo lamentável. Tanto para o Legislativo Federal quanto para a classe política.
Classe política, aliás, que está reclamando muito da interferência do Judiciário no Legislativo, a chamada judicialização da política. Neste caso, ela só ocorreu porque a Câmara não se manifestou. Seus líderes, os deputados, ficaram em silêncio, permitindo a um par sem condições seguir à frente da Casa. Foi preciso o Supremo Tribunal Federal entrar no circuito para resolver o caso. Então, não há do que reclamar.
Respaldo
Como já era esperado, o pleno do STF acolheu com larga margem de votoso o voto de Zavascki, afastando Eduardo Cunha também do exercício do mandato. Hoje, o peemedebista carioca pertence ai passado.
Necessidade
Vencida a etapa do afastamento de Eduardo Cunha, urge que a Câmara acelere a eleição de um novo comandante. Ele tem que ser, necessariamente, um presidente decente, correto, que possa honrar o cargo e eventualmente assumir com tranquilidade a presidência da República durante viagens internacionais de Michel Temer.
Inovação
Durante o evento Vertical Meeting, da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), aberto ontem, na Capital, o BNDES apresentou o fundo Criatec 3, com participação do BRDE. Estão disponibilizados R$ 202,5 milhões para a participação acionária em micro e pequenas empresas voltadas à inovação.
Surfando
Dário Berger tem ocupado bom espaço na mídia como único representante de Santa Catarina na Comissão do Impeachment no Senado. Resta saber se emplacará novamente o irmão, Djalma Berger, na presidência da Eletrosul, ainda mais com a disposição do novo governo de negociar 49% das ações da Eletrosul.
Abismo
Onze em cada 10 empresários e políticos medianamente informados acreditam que o dia em que Henrique Meirelles abrir o cofre da Fazenda, terá que ser contido para não enfartar. O rombo nas contas públicas, projeta-se, tende a ser muito maior do que vem divulgando o moribundo governo (R$ 100 milhões).
Degola
Verdade que o processo de impeachment de Dilma Rousseff acaba maculado pela condução feita por Eduardo Cunha. Mas a presença dele na cadeira de presidente não muda os fatos que chocaram os país e o mundo. Tanto a partir das pedaladas fiscais que foram decisivas para quebrar o país, como nas revelações da Lava Jato.