A decisão do governador, de decretar toque de recolher a partir da meia-noite, em Santa Catarina, é outro sinal de que Moisés da Silva está muito mais “político” do que até então.
Para anunciar as novas medidas, que também atingem o setor de transportes e restabelece a obrigatoriedade do uso de máscaras em qualquer lugar fora do ambiente doméstico, o chefe do Executivo chamou uma reunião virtual com os 21 prefeitos das maiores cidades do estado.
A convergência permitiu a Moisés adotar as restrições com mais tranquilidade e com respaldo, o que anteriormente praticamente não acontecia. O governador decidia e anunciava.
Na prática, a pandemia nunca esteve tão presente e letal entre os catarinenses. Momento que exige atitudes das autoridades.
A se aplaudir, no entanto, não terem lançado mão do nefasto recurso do lockdown. O fechamento das empresas e do comércio cria um problema gigantesco para tentar resolver um problema enorme.
Mais um capítulo
A conferir os desdobramentos da pandemia e da política no Estado. No dia 14 de dezembro, o segundo Tribunal Especial do Impeachment vai se reunir. Se a maioria entre os 10 integrantes, deputados e desembargadores, votar pela aceitação de denúncia, Moisés da Silva será afastado novamente por tempo determinado do cargo. Caso contrário, o processo vai para o arquivo.
foto>Maurício Vieira, Secom