Em contato com o colunista, o secretário de estado da Fazenda, Paulo Eli, posicionou-se com firmeza. Está convicto de que as medidas que o governo tomou na polêmica sobre os aumentos de ICMS são pontuais e acertadas.
O homem que tem a chave do cofre vem quebrado a cabeça para viabilizar o estado financeiramente. Não só no sentido de continuar honrando em dia a folha de pagamento do funcionalismo como também para manter as contas sem atraso, permitindo que Santa Catarina tenha capacidade de endividamento.
Isso, segundo Paulo Eli, só será possível mediante a cobrança de impostos de quem “está acostumado a não pagar”. Na conversa, ele lembrou que 11 mil empresas não pagam ICMS no estado. As cooperativas e abatedouros de aves e suínos, de acordo com o secretário, não pagam e nunca pagaram o imposto.
Pontua-se, na cúpula do governo, que os empresários do agronegócio vivem cobrando melhores estradas, que estão pela hora da morte, para escoarem as produções, mas que não querem pagar ICMS. Ou seja, na ótica de Eli, essa conta não fecha e não poderá continuar assim. Trocando em miúdos: apesar da enorme repercussão negativa, o Centro Administrativo não demonstra sinais de que vai recuar.
Inibição
A respeito da questão dos agrotóxicos, Paulo Eli também demonstra total convicção. E está em fina sintonia com Moisés da Silva. Ao taxar os produtos em 17% (eram isentos), o governo quer inibir seu uso nas lavouras catarinense. Seria uma questão de saúde pública, conceitual e não apenas para arrecadar mais.
Crucificação
Experiente, Paulo Eli não vai participar de debates públicos sobre as questões do ICMS. Tem receio de virar o Judas desta história.
Outra preocupação
Além da queda-de-braço com o governo estadual acerca dos aumentos de ICMS, empresários de SC têm outra dor de cabeça. A intenção de Moisés da Silva de acabar com a Lei Kandir, que criou um sistema de compensação de ICMS para quem exporta produtos.
FRASE
“A lei pode ser aprimorada e os estados precisam receber a compensação da União. Mas reonerar as exportações de um País que tem um dos piores e mais complexos sistemas tributários do mundo seria um grave retrocesso. Seria um novo golpe na competitividade do setor produtivo, pois não faz sentido exportar imposto. Já enfrentamos uma série de outros problemas que encarecem a produção, como a burocracia, a infraestrutura precária, além da própria carga tributária incompatível com os serviços prestados pelo governo.” Mario Cezar de Aguiar, presidente da Fiesc
Tucanos
O PSDB de Santa Catarina inicia nesta segunda-feira (12) um conjunto de ações estruturadas e planejadas visando as eleições municipais. Começa com o encontro dos 21 coordenadores regionais que representam os 295 municípios do Estado. Vão receber orientações de organização, marketing e comunicação. O Encontro começa às 8h30min no Hotel Floph, no centro de Florianópolis. Será apresentado o projeto de comunicação integrada. O partido está investindo para melhorar e ampliar a comunicação com a sociedade. Sobretudo pela via da internet.