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Aumento de restrição na Grande Florianópolis pode gerar mais aglomerações

Marlon Derosa Empresário, escritor e mestre em bioética pela Jérôme Lejeune (Espanha)
Marlon Derosa Empresário, escritor e mestre em bioética pela Jérôme Lejeune (Espanha)

De 16 a 23/03, clientes de determinadas atividades terão de concentrar suas visitas a tais locais apenas no horário comercial. Isso deve provocar aumento no número de atendimentos simultâneos e filas nesses locais, portanto, poderá gerar mais aglomerações.

 

Por isso, a medida é extremamente questionável em termos técnico-sanitários. Estas mesmas atividades econômicas já estão proibidas no final de semana e assim, sobra apenas de segunda à sexta das 6h às 18h, para que todos os interessados nestes serviços visitem tais locais. 

 

Atividades como academias, congressos e seminários, centros comerciais e muitos outros, terão de atender sua demanda com horário reduzido. É óbvio que isso poderá gerar mais aglomerações. A regra inclui também salões de beleza e barbearias, shopping centers, óticas, cinemas e teatros, comércio de rua, bares, casas noturnas e outros.

 

É provável que entre as consequências desse “lockdown”, empresas e setor público tenham que liberar um maior número de saídas rápidas de funcionários durante o expediente, já que o comércio estará fechado após 18 horas e finais de semana. As empresas dos ramos proibidos de operar e que dependem total ou parcialmente do horário após 18 horas, sofrerão grandes prejuízos financeiros e ocorrerão demissões, até falências.

 

Quem irá pagar essa conta?

 

Os empresários atingidos, no mínimo, deveriam gozar de redução de IPTU e outros impostos municipais. E pior: enquanto o pobre agoniza e vê geladeira vazia, filhos passando fome, sequer um dia de trabalho é descontado dos altíssimos salários do prefeito, sua equipe e demais instituições entusiastas do #FiqueEmCasa, continua tranquila. 

 

Os arautos do isolacionismo pandêmico permanecem como nobres, saboreiam deliciosos “serviços essenciais”, quase sempre por meio do iFood e UberEats, confortavelmente em seus aposentos de luxo. Querem ser servidos em casa. Essa casta escolhe a todo o momento quais categorias de pobres trabalhadores os devem servir, por delivery, e quais não devem ter o direito à livre iniciativa.

 

Enfrentamos hoje duas perigosas pandemias: a da covid-19, que está tirando vidas; e a da tirania, que está destruindo a democracia.

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