Coluna do dia

Balaio de siri

A expressão nunca foi tão representativa ante ao que o país assiste, com ares de estarrecimento, a partir das revelações da Lava Jato. No intervalo de uma semana, dois ex-ministros da Fazenda, os homens fortes do PT no comando da economia, Guido Mantega e Antônio Palocci (este de absoluta confiança de Lula da Silva desde há muito tempo – Mantega conquistou este status depois) foram presos.

Embora tenha pegado muito mal a declaração do ministro da Justiça, no domingo, afirmando que haveria “mais” Lava Jato, o fato é que ninguém consegue prever onde vai desaguar a água podre que a operação está drenando do coração do poder político e econômico.

Se o ministro sabia ou não da nova fase, dificilmente se saberá os detalhes, mas tudo indica que haverá sim ainda mais Lava Jato. Já se fala que um dos próximos alvos será o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Há quem veja nas operações do banco um escândalo que coloca a roubalheira na Petrobrás no chinelo. E restam poucas dúvidas, também, que Lula da Silva tem cada vez menos chances de sair ileso da cleptocracia que implantou na era PT.

 

Desgaste total

Há um ditado que diz que tudo que é ruim, pode piorar. Para o PT, a coisa caminha nesse diapasão. O desempenho nas urnas, salvo uma hecatombe, deve ser desastroso.

 

Poucos candidatos

Além do desgaste brutal no vácuo dos escândalos de corrupção, em Santa Catarina o PT lançou poucos candidatos. Florianópolis não tem cabeça de chapa, assim como Lages.

 

Cadáver insepulto

O partido é um corpo esperando para ser enterrado. Tem cabeça de chapa em Criciúma, Chapecó, Joinville, Blumenau, mas as perspectivas são desalentadoras. Talvez em outro município de menor porte, além de Concórdia, onde a sigla é favorita, haja algum alento ainda para os petistas. Mas o quadro geral é absolutamente desfavorável.

 

Bagatela

Segundo os investigadores da Lava Jato, em cinco anos, a Odebrecht irrigou as arcas do PT com módicos R$ 128 milhões. É muito mais dinheiro do que o orçamento anual da esmagadora maioria das prefeituras do Brasil.

 

Quatro frentes

Antônio Palocci, primeiro ministro da Fazenda de Lula da Silva – e registre-se que fez uma excelente gestão – (depois foi chefe da Casa Civil de Dilma e caiu dos dois cargos por malfeitos), teria negociado em quatro frentes com a empreiteira: obtenção de contratos com a Petrobras relativamente a sondas do pré-sal;  a medida provisória destinada a conceder benefícios tributários ao grupo econômico Odebrecht (MP 460/2009), negócios envolvendo programa de desenvolvimento de submarino nuclear  e financiamento do BNDES para obras a serem realizadas em Angola.

 

Fim do post

Antes do debate de domingo na UFSC, os candidatos Gean Loureiro e Elson Pereira trocaram algumas confidências na sala de imprensa. Gean queixou-se para Elson sobre post na fan page dele, repercutindo a citação do nome de Gean em documento aprendido na operação Ave de Rapina e noticiado pelo Farol Reportagem quarta-feira, 21. Curiosamente o post de Elson contra Gean foi apagado da página do Facebook. Deve ter sido resultado do pedido que Gean fez ontem a ele para acalmar a “nossa turma”.

 

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