Em reunião virtual da Bancada do Oeste, nesta quarta-feira (07), os deputados trataram sobre a atual situação do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, em São Miguel do Oeste. Falta de profissionais, de medicamentos, aumento de despesas e a reorganização no atendimento aos pacientes durante a pandemia foram alguns dos principais problemas relatados pelo diretor-geral da unidade, Rodrigo Lopes, que participou da conversa.
Diante das dificuldades enfrentadas pelo hospital, o coordenador da Bancada do Oeste, Fabiano da Luz (PT), afirma que o grupo vai dialogar com a Secretaria de Estado da Saúde para garantir apoio financeiro adicional no contrato de repasse mensal ao Instituto Santé, Organização Social de Saúde que administra a unidade hospitalar desde 2015, por contrato firmado com o Estado.
“Nós ouvimos o diretor do Hospital Regional de São Miguel do Oeste relatar o aumento de dez para 35 leitos de UTI, de R$ 200 mil gastos para R$ 1,5 milhão em despesas para manutenção e atender as demandas da pandemia Covid-19. E a necessidade que o hospital tem tanto de manter a parceria com o Estado quanto também de receber um recurso a mais pelo o que está atendendo à população” disse o coordenador da Bancada.
Apesar de o Estado estar antecipando parcelas do repasse mensal, o hospital necessita de apoio financeiro para continuar mantendo as atividades sem atrasar pagamentos, destacou Lopes. “Não tem como fazer gestão com R$ 1,5 milhão de prejuízo por mês, que é o que estamos gastando em medicamentos, então, a recomposição financeira em função da Covid é necessária”, disse o diretor-geral.
O deputado Fabiano confirmou que o grupo fará “ligação com a secretária de Saúde, Carmen Zanotto, para discutir tanto a renovação do contrato quanto a necessidade de um aporte maior de recursos dado que o hospital está fazendo para atender toda a população”.
Cigarrinha
Outra pauta da reunião da Bancada do Oeste foi a cigarrinha-do-milho, inseto-vetor das doenças que causam danos nas lavouras. O deputado Fabiano da Luz está em contato com a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, buscando medidas para auxiliar os produtores de milho em Santa Catarina. Um grupo técnico do Estado estuda o problema e deve dar um parecer nos próximos dias.
Meio-Oeste, Oeste, Extremo-Oeste, Planalto Norte e Planalto Serrano são as regiões mais atingidas, segundo a Epagri, que acompanha o impacto da cigarrinha-do-milho no Estado. O Estado deve ter queda na produção de cerca de 2,7 milhões de toneladas para 1,5 milhão na safra 2020/21, segundo a Abramilho.