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Banco Mundial encerra missão em Santa Catarina e reforça parceria para obras de contenção e gestão de riscos

Foto: Airton Fernandes / SDC

Santa Catarina deu mais um passo significativo em sua trajetória de liderança nacional na gestão de desastres naturais e controle de cheias. Nesta semana, o Banco Mundial anunciou a intensificação de sua parceria com o estado, consolidando um financiamento de U$149 milhões para a execução de obras prioritárias e o desenvolvimento de estudos técnicos voltados à mitigação de riscos e ao fortalecimento da resiliência climática.

O programa, que faz parte do Santa Catarina Protegida e Resiliente, é uma continuidade dos esforços realizados nos últimos anos, incluindo o trabalho da empresa japonesa Jica na elaboração do Plano Diretor para Redução de Riscos de Enchentes. Jack Campbell, representante do Banco Mundial, destacou a relevância do estado no cenário nacional. “Santa Catarina demonstra liderança técnica e política no Brasil na gestão de desastres, com uma visão clara e bem definida. Nosso objetivo é fortalecer essa parceria, trazendo experiências internacionais e soluções inovadoras para complementar as iniciativas já em andamento.”

Durante a semana, a equipe do Banco Mundial visitou municípios do Vale e Alto Vale do Itajaí, como Rio do Sul, Taió e Brusque, para conhecer os desafios enfrentados por essas comunidades, frequentemente impactadas por enchentes. O diagnóstico foi otimista. “Ficamos impressionados com a liderança técnica e política, além da mobilização de recursos financeiros. O que vemos aqui é um exemplo que pode ser replicado em outras regiões do Brasil”, afirmou Campbell.

“Essa missão tem sido extremamente instrutiva, tanto para a nossa equipe quanto para a equipe do Banco. Quando apresentamos a proposta de construir barragens, percebemos uma certa reserva inicial. Mas, com a qualificação técnica do nosso time, mostramos que conhecemos profundamente o que estamos propondo e temos capacidade para implementar essas ações”, destacou a diretora de Administração e Finanças da Secretaria, Reginete Panceri, que liderou a missão durante esta semana. Ela também ressaltou que as ações, em andamento, mesmo antes do financiamento, proporcionam maior segurança para o Banco Mundial levar a proposta adiante.

Durante a semana, as discussões abordaram desde o arranjo institucional e os desembolsos até a definição de responsabilidades entre os pontos focais. Cada área técnica participou ativamente, garantindo que todas as equipes estivessem alinhadas com os objetivos do projeto.

O financiamento também prevê a ampliação do escopo de estudos técnicos para mapear riscos em todo o estado. A ideia é identificar e priorizar intervenções em outras bacias hidrográficas, além do Vale do Itajaí, utilizando uma combinação de soluções baseadas na natureza e obras estruturais, como barragens e sistemas de drenagem.

A Secretaria da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina, que coordena o programa, já possui um plano bem estruturado, segundo Campbell. “A oportunidade aqui é implementar e replicar esse modelo em todo o estado, garantindo maior proteção às comunidades e promovendo um desenvolvimento mais resiliente.”

O secretário de Proteção e Defesa Civil, Fabiano de Souza, ressaltou a importância da parceria internacional para consolidar o protagonismo de Santa Catarina no enfrentamento de desastres. “Esse financiamento é essencial não apenas para as obras, mas para a troca de conhecimento e a adoção de práticas inovadoras, o que fortalecerá ainda mais a segurança da nossa população.”

As primeiras obras financiadas devem ser anunciadas em breve, representando mais um marco no esforço conjunto entre Santa Catarina, o Banco Mundial e outras instituições internacionais para enfrentar os impactos das mudanças climáticas e promover a segurança hídrica no estado.

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