Engana-se redondamente quem pensa que o pedido de prisão do ex-mega empresário Eike Batista, que fez fortuna com dinheiro público, está restrita apenas à participação, digamos assim, do PMDB do Rio de Janeiro no esquema de corrupção que pilhou a viúva nos últimos anos.
Vai sobrar também para o PT, no plano nacional. Eike tinha estreita ligação com Lula da Silva e era queridinho de Dilma Rousseff. Os dois mandaram os ex-ministros da Fazenda, Antônio Palocci (preso) e Guido Mantega (já levado coercitivamente para depor) prestarem atendimento vip ao empresário.
Eike Batista já foi delator. Já foi o mais rico do país. Já pagou propina a vários partidos. Agora é um foragido, o que, aliás, rende um capítulo à parte. Teria ele recebido informação privilegiada, e criminosa, com antecedência sobre o despacho judicial que mandou a Polícia Federal o prender? Há quem preveja que o ex-queridinho das elites empresariais e políticas já esteja se preparando para um acordo de delação premiada bem mais amplo. As barbas em Brasília e em vários Estados seguem de molho!
Lembrete
Marcelo Odebrecht segue preso e Eike Batista está na iminência de engrossar as fileiras do xilindró tupiniquim. Os dois já foram considerados príncipes do empresariado brasileiro. E tem cara-de-pau que ainda insiste na farsa de que a Operação Lava Jato é para perseguir este ou aquele partido ou personagem. Chega de conversa fiada. A operação tem que continuar.
Aplausos
Ao prefeito da Capital, Gean Loureiro (PMDB). Tem sido firme e atuante nestes primeiros dias de governo. Não está cedendo às pressões – que muitas vezes são chantagens – da Câmara e tampouco do funcionalismo. A sociedade clama por mudanças como as que o alcaide está conseguindo aprovar.
Aplausos 2
O resto é chororô ou personalismo. Sob este prima, até aqui, Gean não fica refém nem do Parlamento nem dos servidores. Também está certo ao não aceitar “perdoar” os dias parados para que a turma volte ao trabalho. Tomara que Gean siga nesta batida.
Retomada?
O prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (PMDB), está entusiasmado com a possibilidade de a economia regional ganhar um novo impulso, a partir da dragagem no canal do principal porto de Santa Catarina. A expectativa é de que, podendo receber navios de maior porte, haja um incremento da ordem de 1 milhão de contêineres por ano. Um movimento econômico de R$ 1,8 bilhão.
Suprapartidário
Haverá mais oportunidades para as empresas que trabalham diretamente com o porto e consequentemente mais empregos em Itajaí e região. Na última quinta-feira, vocorreu a solenidade de liberação de R$ 38 milhões para a dragagem do canal, evento que reuniu lideranças dos mais variados partidos, como Esperidião Amin e Rogério Peninha Mendonça, além de Décio Lima (PT).
Hora do aperto
Em tempo, prefeitos eleitos ou reeleitos estão promovendo reformas administrativas em todo o Estado, independentemente da coloração partidária. Além de Florianópolis, Udo Döhler, peemedebista como Gean Loureiro, avança em Joinville. Assim como Joares Ponticelli (PP) em Tubarão e os tucanos Napoleão Bernardes (Blumenau) e Clésio Salvaro (Criciúma).