A bem-vinda reforma tributária, desenhada no Congresso, está afligindo o setor de bares e restaurantes do país. E em Santa Catarina não é diferente. O receio é que falte diálogo para que o segmento de serviços não arque com ainda mais valores de impostos do que aqueles que já existem.
De acordo com Juliana Mota (foto), presidente da Abrasel em Santa Catarina, o imposto único sobre o consumo pode aumentar a alíquota sobre estes modelos de negócio. “Somos totalmente a favor da reforma, mas com diálogo que contemple todos os setores. E os serviços, onde estamos incluídos, é um dos mais combalidos e relegados a um segundo plano pelos governos em todas as escalas da Federação, arcando até hoje com dívidas, falências e redução de mão de obra”, explica.
Segundo Paulo Solmucci, presidente da Abrasel nacional, “é fundamental que a reforma contemple a questão de municípios, estados e a Federação, sem que surjam incongruências entre os tributos, mas, sim, uma simplificação que tenha atenção ao setor, que é um dos maiores empregadores do país”.
Juliana Mota ainda reforça que os bares e restaurantes são essenciais à economia brasileira e ao consumo de boa parte das famílias. “Boa parte dos trabalhadores comem fora de casa e a maioria dos estabelecimentos são compostos de pequenas empresas”, alerta, completando que o setor é um dos grandes geradores de empregos no país.