Com o feriado de ontem já praticamente emendando com o final de semana, os fatos políticos e policiais que estão a sacudir o Estado, que vive hoje um ritmo eletrizante, tendem a dar uma pausa nos próximos dias. Nos bastidores, contudo, muitas conversas daqui até segunda-feira. No âmbito do governo e também da oposição.
É muito forte a imagem do ex-todo poderoso do governo Moisés da Silva, Douglas Borba, de uniforme laranja, dando entrada na Penitenciária, onde já se encontra para seguir o cumprimento da prisão preventiva (sem tempo determinado).
Obviamente que tudo isso respinga no governo e no Centro Administrativo (embora Moisés seja praticamente um estranho nas dependências administrativas do governo estadual).
Ao convidar o chefe do Executivo para depor na CPI, os deputados fizeram mais um movimento no sentido de desgastar a já complicada imagem do governador. Ele não vai falar com nenhum deputado da CPI. Já decidiu que responderá por escrito às perguntas dos parlamentares.
O que não é de se surpreender dado ao perfil de Moisés da Silva. O governador deu uma circulada pelo estado na semana passada, mas voltou à rotina reclusa na Casa d’Agronômica. Ali, no palácio residencial, ele recebe grupos seletos de pessoas e despacha, algo nunca visto na história de Santa Catarina.
Personagem
Na segunda-feira, a CPI dos Respiradores volta aos trabalhos. Será ouvido o coordenador do Fundo Estadual de Saúde. Ele pode ser uma peça fundamental neste tabuleiro e talvez possa elucidar quem está mentindo: Helton Zeferino ou Márcia Pauli. Um dos dois tem faltado com a verdade sistematicamente desde que o escândalo estourou.