Coluna do dia

Bastidores municipais

Bastidores municipais

Estamos ainda muito distantes das eleições municipais de 2024, mas as conversas já estão em ritmo frenético.
Jorginho Mello mal ingressou no seu terceiro mês à frente do governo, percorrendo o estado, com agenda carregada. Mesmo assim, ele não deixou de fazer política. Nem por um minuto. Chamou a atenção um post do empresário Adrian Censi, da Blukit, empresa sediada em Blumenau, uma pequena potência econômica, registre-se.
Ele vem a ser o segundo suplente do senador Jorge Seif. Postou uma foto no palácio residencial na companhia do governador e do prefeito Mário Hildebrandt.
Em princípio, o alcaide blumenauense tem como pré-candidata a vice-prefeita, a tucana Maria Soar.
Muita gente também imagina que o nome do PL poderia ser o do deputado Ivan Naatz.
Estariam, contudo, os dois chefes de Executivos (estadual e municipal) gestando uma outra solução, uma candidatura única a ser respaldada por ambos?

Tertius

Estariam procurando uma alternativa capaz de evitar a divisão, buscando assegurar a presença no segundo turno do pleito municipal em Blumenau, buscando alguém de fora da política.

Dificuldades

Até porque Mário Hildebrandt não tem como apoiar Ivan Naatz. Jorginho, a seu turno, não respaldará o nome da tucana que hoje é vice-prefeita. Nestes casos, é preciso encontrar um tertius. Os dois poderiam apostar tudo nesse nome.

Na Capital

João Paulo Kleinübing, que já foi prefeito em duas oportunidades, também deputado estadual e federal, Jorginho levou ao BRDE. Ficará na Capital, tendo agendas, ainda, nos dois estados vizinhos. Ou seja, bem longe do dia a dia de Blumenau.

Presentaço

Chega na diretoria já com a perspectiva de assumir a presidência do Banco. Dentro do sistema de rodízio, o comando da instituição, pelos próximos 16 meses, caberá a Santa Catarina.
Significa que o governador já tirou JPK do páreo. Aliás, o ex-prefeito tem declaro que hoje sua vinculação é com Jorginho Mello.

Vinculação

Se o governador entender que ele deve ficar no BRDE, assim ele fará. Caso sua presença em Blumenau seja solicitada para disputar a eleição, Kleinübing irá para a missão, mas não é esse o plano A neste março de 2023.
O senador Esperidião Amin sempre o tratou como um filho, até pela proximidade que teve com o pai do quase diretor do BRDE, Vilson Pedro Kleinübing.
Que partiu prematuramente.

Distanciamento

Tanto é que foi Esperidião Amin quem bancou JPK de vice de Gelson Merisio ao governo em 2018. O senador abriu mão da candidatura ao governo para concorrer ao Senado, mas impôs o nome de Kleinübing. Só que agora os dois vão estar na mesma federação, JPK está no União Brasil.
Estarão na mesma convivência partidária, só que o vínculo do ex-prefeito é com o atual governador.

Tramontin no contexto

Também vazou que o promotor de Justiça e ex-candidato a prefeito e a governador, Odair Tramontin, foi convidado para a Segurança Pública de Santa Catarina.
O quadro do Novo declinou. Pode ter cometido um erro. Na eleição do ano passado, ele fez, em Blumenau, os mesmos 22 mil votos que havia conquistado no pleito municipal de 2020. Só ficou atrás de Hildebrandt e do próprio Kleinübing.

Naatz fora

Ivan Naatz, sem o apoio do governador, não terá como disputar as eleições.
Fica no ar apenas uma segunda candidatura se Tramontin for realmente à disputa contra um nome ajustado entre o governador e o prefeito.

Correndo por fora

Neste contexto, pode chegar por fora o delegado licenciado Egídio Ferrari, que conquistou 23 mil votos no ano passado em Blumenau. Suplantou as votações locais do próprio Naatz, de Tramontin ao governo e de outro ex-prefeito, Napoleão Bernardes. O pessedista foi eleito, assim como o liberal Naatz, mas os números em Blumenau ficaram muito próximos entre os principais candidatos.

Desdobramentos

Os bastidores do próximo pleito em Blumenau estão chamando a atenção de muitos e passa pelos projetos de reeleição de Jorginho Mello em 2026 e da sobrevivência política do próprio Mario Hildebrandt. Se o prefeito fizer o sucessor poderá ser aproveitado em alguma secretaria estratégica do governo com perspectivas eleitorais daqui a quatro anos.
A conferir os desdobramentos.

Sair da versão mobile