Luciano Buligon (E), vice-prefeito de Chapecó, examina seriamente a possibilidade de sair do PMDB. Seu destino tem tudo para ser o PSB, capitaneado no Estado pelo ex-deputado Paulo Bornhausen, pré-candidato a prefeito de Itajaí.
Uma vez confirmado o desembarque de Buligon, o PMDB chapecoense ficaria esvaziado. O espólio cairá no colo deputado federal Valdir Collatto, que não teria outra opção a não ser lançar-se candidato a prefeito no ano que vem. Contra o próprio Buligon. Filiado ao PSB, ele teria assegurado o apoio total do PSD, leia-se Gelson Merísio, Antônio Gavazzoni, José Cláudio Caramori (D) e João Rodrigues. Mas se João Rodrigues optar por candidatar-se novamente a prefeito? Daí Caramori estuda a possibilidade de renunciar à prefeitura, guindando Buligon, já devidamente instalado no PSB, a prefeito. Neste contexto, todo o grupo respaldaria o projeto majoritário municipal de Rodrigues.
A triangulação no Oeste também passa por Itajaí (maior PIB do Estado), onde Bornhausen articula a candidatura a prefeito apoiado pelo PSD e pelo PP de Jandir Bellini (isolando o PMDB); e pelo pleito de 2018. Na disputa estadual, o PSB devolveria o gesto, respaldando o projeto majoritário pessedista. Interessa e muito ao PSD fortalecer o PSB em 2016. Até porque, o PMDB já avança em negociações com o PSDB. O ex-governador e deputado estadual Leonel Pavan gosta da possibilidade de aliança com os peemedebistas, pois sonha em voltar ao Senado, cuja disputa terá duas vagas em 2018.
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