Citado na delação da JBS, o senador Dário Berger acaba de divulgar nota oficial, afirmando, entre outras coisas, que votou em Luiz Henrique da Silveira, quando o catarinense disputou a presidência do Senado contra o notório Renan Calheiros, de Alagoas. Segundo a delação de Ricardo Saud, diretor da holding J&F, que controla o conglomerado dos Batista, Dário Berger recebeu R$ 1 milhão em propina para sua campanha em 2014. Tudo articulado por Renan, que recebeu o voto, de acordo com Saud, do senador catarinense. Renan venceu LHS por 49 a 31 em 1 de fevereiro de 2015, assumindo o quarto cargo mais importante na hierarquia da República.
Resgate
O blogueiro teve acesso a confidências de um senador à época, que acompanhou tudo no plenário da Câmara Alta. Quando chegou a hora de os catarinenses votarem, o tucano Paulo Bauer pegou Dário pelo braço e os dois foram até a urna. A votação era em cédulas de papel. Bauer votou e mostrou o próprio sufrágio: estava fechadíssimo com LHS, em quem realmente votou. O senador do PSDB então deu a vez ao conterrâneo do PMDB e ficou ali perto, esperando que Berger repetisse o gesto de registrar e tornar público seu voto. O que não aconteceu. Dário votou, dobrou a cédula e a depositou diretamente na urna, o que deixa uma enorme margem de dúvida sobre em quem realmente ele apoiou para o comando do Senado. Confira a nota de Dário Berger, onde também nega ter recebido propina da JBS para ajudar Renan.