Deputado Fábio Schiochet, presidente estadual do PSL, andava ultimamente conversando muito com Gelson Merisio (PSDB). Muito provavelmente pensando numa aproximação para 2022. Esta semana, contudo, Schiochet conversou com o senador Jorginho Mello, outro pré-candidato ao governo. A ideia já era fechar um acordo para as eleições.
Parece, no entanto, que Schiochet “esqueceu” da filiação do governador Moisés da Silva. Ele segue com ficha no PSL. No fundo, o deputado quer é uma conversa com o chefe do Executivo, o famoso tête-à-tête. Faz um ano que Schiochet e Moisés não interagem. O parlamentar, rezam os bastidores, almeja acomodar apaniguados na máquina estadual. Toda essa movimentação de Schiochet é típica de biruta de aeroporto, atirando para todo lado.
Ao fim e ao cabo, quem vai decidir os destinos do PSL Barriga-Verde é o todo-poderoso presidente nacional do partido, deputado Luciano Bivar. Outro fator preponderante neste contexto é o futuro partidário de Jair Bolsonaro. O presidente pode até voltar às fileiras do PSL. Desde que deixou a sigla, já tentou se acertar com outros nove partidos e até agora, nada. O presidente pretende assumir um partido para comandar seus destinos. Tanto nos estados como sob o viés financeiro para a campanha à reeleição de 2022.
Na praia
Toda essa movimentação de bastidores precisa, ainda, levar em conta que a onda Bolsonaro de 2018 ficou na história. É coisa do passado. Não irá se repetir em 2022. Evidentemente que em Santa Catarina Bolsonaro ainda tem muita influência.
Mas é bom a turminha que não trabalhou nestes dois anos e meio ir colocando as barbinhas de molho. Somente colar a imagem à do presidente não é garantia alguma de sucesso eleitoral. Muito antes pelo contrário.