Deputado Fábio Schiochet, presidente estadual do PSL, andava ultimamente conversando muito com Gelson Merisio (PSDB). Muito provavelmente pensando numa aproximação para 2022. Esta semana, contudo, Schiochet conversou com o senador Jorginho Mello, outro pré-candidato ao governo. A ideia já era fechar um acordo para as eleições.
Parece, no entanto, que Schiochet “esqueceu” da filiação do governador Moisés da Silva. Ele segue com ficha no PSL. No fundo, o deputado quer é uma conversa com o chefe do Executivo, o famoso tête-à-tête. Faz um ano que Schiochet e Moisés não interagem. O parlamentar, rezam os bastidores, almeja acomodar apaniguados na máquina estadual. Toda essa movimentação de Schiochet é típica de biruta de aeroporto, atirando para todo lado.
Ao fim e ao cabo, quem vai decidir os destinos do PSL Barriga-Verde é o todo-poderoso presidente nacional do partido, deputado Luciano Bivar. Outro fator preponderante neste contexto é o futuro partidário de Jair Bolsonaro. O presidente pode até voltar às fileiras do PSL. Desde que deixou a sigla, já tentou se acertar com outros nove partidos e até agora, nada. O presidente pretende assumir um partido para comandar seus destinos. Tanto nos estados como sob o viés financeiro para a campanha à reeleição de 2022.
Na praia
Toda essa movimentação de bastidores precisa, ainda, levar em conta que a onda Bolsonaro de 2018 ficou na história. É coisa do passado. Não irá se repetir em 2022. Evidentemente que em Santa Catarina Bolsonaro ainda tem muita influência.
Mas é bom a turminha que não trabalhou nestes dois anos e meio ir colocando as barbinhas de molho. Somente colar a imagem à do presidente não é garantia alguma de sucesso eleitoral. Muito antes pelo contrário.
Circo oposicionista
Pesquisa do Instituto Paraná, um dos mais respeitados e sérios do país, mostra que 65% das pessoas já ouviram falar da CPI da Covid no Senado. Entre estes que sabem da existência da pantomima esquerdista, apenas 39% acompanham, de fato, os encaminhamentos circenses.
Balela
Os entrevistados pelo Instituto Paraná também deram suas opiniões sobre o que pretende a tal CPI. Para 43% dos que sabem que existe a comissão, 43% a consideram como um jogo político-eleitoral. E pouco mais de 19% acham que o espetáculo levará a punir “culpados” por mortes na pandemia.
Pregando para convertidos
Esta CPI, na verdade, serve para entreter e fornecer materiais de redes sociais para os convertidos da esquerda, dentro da lógica do quanto pior, melhor. Ninguém da oposição está preocupado com mais vacinas, com as vidas, etc. Eles querem apenas sangrar o presidente e sua equipe para quem sabe, talvez, obter dividendos para o seu guru-mor, o ex-presidiário Lula da Silva.
Alto lá
O governo errou na pandemia? Sem dúvidas. Mas daí a tentar, de todas as maneiras, sem qualquer escrúpulo, emparedar depoentes, como foi o caso do ex-ministro Pazuello, forçando uma citação que atenda os objetivos mau-cheirosos da oposição, vai uma grande distância.
O Brasil precisa de soluções. Não de mais instabilidade.