O ex-deputado estadual Bruno Souza, que iniciou sua militância política no Movimento Brasil Livre (MBL), grupo que acabou fazendo oposição a Jair Bolsonaro durante o mandato do ex-presidente, ficou conhecido por defender algumas pautas conservadoras, de direita, em sua passagem pela Alesc.
Filiado ao Novo, ventila-se que ele pode disputar a prefeitura de São José no ano que vem.
Há, contudo, conversas de bastidores sinalizando que Souza também é visto como uma alternativa em Florianópolis e que até poderia filiar-se ao PL para entrar no circuito eleitoral da Capital.
A simples especulação acerca dessa possibilidade irritou inúmeros setores do partido, especialmente as alas mais bolsonaristas do PL da Grande Florianópolis.
E sobram motivos para a reação negativa ao nome do ex-deputado. Além de ter convivido proximamente a Moisés da Silva – que entrou para a história ao assumir o mandato e virar as costas para quem o elegeu – na gestão anterior, Bruno Souza ainda carrega o DNA do MBL, que tem como alguns de seus principais líderes o deputado federal Kim Kataguiri, que fez ferrenha oposição a Bolsonaro; e Arthur do Val, o Mamãe, Falei, que era deputado estadual por São Paulo e foi cassado depois do vazamento de áudios relacionando as mulheres ucranianas a sexo fácil e barato. Isso logo depois da brutal invasão russa ao território ucraniano.
Sem contar as postagens em redes sociais do próprio Bruno detonando a família Bolsonaro e a gestão do ex-presidente.
Se realmente houver a possibilidade do ex-deputado filiar-se ao PL, poderá haver um racha insanável nas fileiras do partido em Florianópolis.