Blog do Prisco
Manchete

Bolsonaro dá ultimato a João

Na segunda quinzena de março, em Brasília, na sede do Partido Liberal, oportunidade na qual recebeu algumas lideranças políticas de Santa Catarina, Jair Bolsonaro deu aquela rápida declaração que provocou grande repercussão no estado.
Foi quando o ex-presidente disse que veria, com bons olhos, a presença de João Rodrigues como candidato ao Senado, na chapa a ser encabeçada por Jorginho Mello como candidato à reeleição.
E falou isso no contexto do convite que havia recebido do próprio prefeito chapecoense para que marcasse presença na festa de aniversário de João Rodrigues, naquele evento de lançamento de sua pré-candidatura.

Alô

Isso foi dois, três dias depois do pré-lançamento de Rodrigues, ocorrido no dia 22 de março, 22, que é o número que identifica o PL nas urnas. Agora, chega a informação, vazada por Brasília, de que Bolsonaro teve uma conversa telefônica com o prefeito Chapecó.

Papo reto

E deixou claro, dentro da característica típica do ex-presidente da República, de conversas diretas, que João Rodrigues tem um mês para se posicionar.

Escolha

Ou ele vem para o projeto de recondução de Jorginho Mello como candidato ao Senado, ou então que busque o seu próprio caminho como pré-candidato também ao governo, mas aí abrigado no PSD.

Variável

Vamos observar as próximas semanas. E esse prazo não será necessariamente de 30 dias. Mas, se até o final do mês de abril, João Rodrigues não voltar a procurar Jair Bolsonaro com um posicionamento, efetivamente poderíamos estar raciocinando um enfrentamento eleitoral entre o PL e o PSD. Duas candidaturas tipicamente conservadoras.

Canhotada

Na expectativa, muito provavelmente, de uma candidatura de esquerda, possivelmente encabeçada pelo PT. Mas com perspectivas desalentadoras.

Cotejamento

Então estaríamos saindo daquela eleição de 2022, que foi a segunda pós a primeira onda de Jair Bolsonaro em Santa Catarina, quando mais de meia dúzia de candidaturas foram apresentadas, das quais cinco conservadoras. Em 2018, quando não se tinha notícias do tsunami bolsonarista, SC teve apenas três candidaturas de centro-direita: Gelson Merísio (PSD), Mauro Mariani (MDB) e Carlos Moisés (PSL), que acabou eleito exclusivamente pela transferência de votos.

Troco

Assim como Moisés foi eleito por Bolsonaro, quatro anos depois acabou derrotado pelo próprio presidente no exercício do cargo. Vale lembrar, lá em 2019, foi Carlos Moisés que resolveu se distanciar de Bolsonaro.

Novo quadro

Depois de cinco candidaturas conservadoras em 2022, todas querendo pegar garupa no prestígio eleitoral de Jair Bolsonaro, dessa vez provavelmente apenas duas, até porque em 2026 o ex-presidente não estará na condição de candidato, diferentemente de 2018 e 2022.