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Bolsonaro dispara e as nuances em SC

Na mais recente pesquisa Ibope em Santa Catarina, um dos aspectos que mais salta aos olhos é a liderança absoluta de Jair Bolsonaro na corrida presidencial. Ao bater nos 40%, contra 12% de Fernando Haddad, sendo que os demais ficam abaixo dos dois dígitos, o candidato do PSL consegue somar mais intenções de votos do que todos os outros postulantes somados!

Até o momento, é entre o eleitorado catarinense que Jair Bolsonaro tem o maior percentual no Brasil. Aqui, ele ganharia no primeiro turno.

Já os números para o governo estadual sinalizam na direção de  uma eleição absolutamente aberta. Embolada e tripolarizada entre Mauro  Mariani (MDB), Gelson Merisio (PSD) e Décio Lima (PT).

O petista está na dele, estabilizado num percentual significativo e oscilando positivamente, muito próximo da histórica margem dos votos petistas em Santa Catarina. Está no jogo. Já Mariani e Merisio deram saltos na pesquisa. O primeiro quase dobrou seu percentual, enquanto o segundo triplicou o número de eleitores, comparando-se  a pesquisa divulgada no fim de semana com a primeira do Ibope no Estado. O pulo de Mariani e Merisio também se explica pelo fato de terem aparecido com números raquíticos no primeiro estudo do instituto. E entre uma pesquisa e a outra, o início da propaganda eleitoral obrigatória, que de gratuita não tem, nada!

Faltando duas semanas para o pleito, é este trio quem domina o jogo catarinense. A menos que surja um fato novo!

Outro tripé

O Ibope também mostra uma tripolarização na corrida pelas duas vagas de senador. Com destaque para a liderança de Esperidião Amin, que subiu sete pontos percentuais. Paulo Bauer subiu seis pontos e Jorginho Mello, cinco pontos percentuais. O tucano agora está nos calcanhares de Raimundo Colombo, que estagnou três pontos atrás de Amin.

Grande eleitor

São dois ex-governadores liderando, mas evidencia-se que Amin realmente é atualmente o maior eleitor de Santa Catarina. No retrovisor da dupla, Bauer tenta entrar para a história como o primeiro senador reeleito de Santa Catarina.

Tibieza

É preciso pontuar. Ex-governador de dois mandatos, Raimundo Colombo não esperava estar nesta dificuldade. Para efeitos de comparação, lá em 2010, quando deixou o governo para disputar o Senado (também com dois mandatos consecutivos), Luiz Henrique da Silveira marcou 51% na pesquisa. Colombo estacionou nos 27%. Naquele ano, LHS não só elegeu-se o mais votado como foi fundamental para a vitória do colega de chapa, justamente Paulo Bauer.

Tendência

Pelo quadro de evolução da pesquisa Ibope, a tendência aponta para leve favoritismo da dupla Esperidião Amin e Paulo Bauer. A esta altura do campeonato, vindo de dois mandatos de governador, para os quais foi eleito em primeiro turno, Raimundo Colombo deveria estar na casa dos 40% das intenção de votos! Mas claro que está no jogo e com chances.

Transferência

Também vale observar que o crescimento da dupla Paulo Bauer e Jorginho Mello, os dois senadores de Mauro Mariani e Napoleão Bernardes, foi uniforme na pesquisa Ibope. Eles subiram sete pontos percentuais. É o MDB no contexto da transferência de votos para os aliados. Resta saber agora se Jorginho já bateu no seu teto ou se ainda tem espaço para crescer nos votos emedebistas.

Mais um expulso

Com posições dúbias desde o início da campanha eleitoral, conforme registro inclusive nesta coluna, o prefeito de Rio do Sul, José Thomé, foi expulso do PSDB, partido pelo qual se elegeu prefeito em 2016. Tentando ficar em cima do muro, Thomé havia declarado apoio, depois de muitas dúvidas, a Mauro Mariani, candidato do MDB ao governo, que tem como vice o tucano Napoleão Bernardes, correligionário de Thomé e representando a mesma região (Vale do Itajaí).

Biruta de aeroporto

Ocorre que na semana passada, o alcaide bandeou-se para os braços de Gelson Merisio, atendendo apelo do deputado Milton Hobbus (PSD), que foi decisivo para sua eleição como prefeito. Vale lembrar que Hobbus, correligionário de Merísio, administrou a cidade por dois mandatos. Rio do Sul está situada diretamente na área de influência de Napoleão, líder do PSDB no Vale do Itajaí. Thomé é o segundo prefeito expulso de seu partido nestas eleições catarinenses. O primeiro foi Luciano Buligon, de Chapecó, que saiu do PSB por apoiar Jair Bolsonaro.

 

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