O cenário apresentado pelo Ibope, ontem, em pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta para aquilo que pode ser uma tendência de polarização. Com Lula da Silva fora da estimulada, Jair Bolsonaro lidera com 17% das intenções de voto. Marina Silva surge com 13%, o que se configura um empate técnico. Ciro Gomes e Geraldo Alckmin ficaram abaixo dos dois dígitos. O primeiro com 8% e o segundo com 6% da preferência.
Marina Silva tem raízes políticas e ideológicas na esquerda. Trabalhou com Chico Mendes. Filiada ao PT até 2009, foi ministra de Lula da Silva. Já Bolsonaro é da ponta mais extrema do espectro de direita. Ainda é cedo, pode ser uma tendência. Enquanto isso, os candidatos considerados mais de centro estão estagnados.
Lula lá?
O Ibope incluiu o nome de Lula em um cenário. Ele lidera com 33%. Se conseguir o milagre (seria esse o termo mesmo?) de registrar a candidatura, o petista largará na frente. Pelo menos pelas sondagens dos institutos de pesquisas.
Rejeição
A pesquisa também avaliou a rejeição dos pré-candidatos. Jair Bolsonaro, com 32%, e Lula, com 31%, são os primeiros nesse quesito. O ex-governador paulista Geraldo Alckmin tem 22% de rejeição, enquanto Marina Silva tem 18%. A mesma pesquisa apontou que Michel Temer tem apenas 4% de aprovação.
De saída
Nelson Santiago está de saída da diretoria da Celesc. Ele apresentou, nesta quinta-feira, a carta de renúncia como Diretor de Gestão Corporativa da companhia. Documento entregue ao presidente do Conselho de Administração da elétrica estadual, Derly de Anunciação. “A partir de segunda-feira me dedicarei à consolidação da candidatura do deputado Kleinübing ao governo do Estado,” informou Santiago.
Repercussão
Deputados estaduais estão recebendo mensagens, algumas pesadas, por e-mail e nas redes sociais. Os textos manifestam indignação pela aprovação dos projetos que criaram 864 cargos no TJSC e readequaram funções. Os parlamentares cederam à pressão dos dirigentes das duas instituições. E estão pagando um preço. O momento não é nem um pouco favorável a este tipo de iniciativa. Faltou sensibilidade.
FRASE
“Se evidenciou que para o governo federal, Santa Catarina só serve para pagar conta. Tenho certeza que o catarinense está ainda mais indignado com mais esse ato de discriminação.” Deputado Gabriel Ribeiro, sobre o recente corte de R$ 146 milhões para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Santa Catarina.
Escárnio
“O futuro se faz agora, pois a derrota não existe, não há conquista sem luta”, diz o texto, antes de arrematar: “…Só perde quem desiste.” Eis a frase estampada em uma camiseta usada pelo notório Zé Dirceu. Ele fez um post nas redes sociais depois de ser solto pela segunda turma do STF, aquela que tem entre seus ministros Dias Tóffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowsky. Como diria o francês De Gaulle, o Brasil não é um país sério.