Coluna do dia

Bolsonaro e Santa Catarina

Dando sequência à coluna de ontem, a pauta segue sendo Jair Bolsonaro. No espaço de hoje, abordaremos as novidades de bastidores envolvendo o clã e sua relação com Santa Catarina, que se estreita cada vez mais.
SC deve ser o próximo estado a receber a visita do ex-presidente da República. Sua primeira incursão pelo Brasil depois do período em que esteve nos EUA foi em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, na Agrishow, presença que incomodou sobremaneira Lula da Silva, alguns de seus ministros e a esquerda tupiniquim.
A feira em questão é a segunda maior do mundo dedicada ao Agronegócio.
Na semana passada, o líder da direita nacional foi visitado pelo deputado estadual Carlos Humberto, ex-vice-prefeito de Balneário Camboriú e que tem tudo para eleger-se prefeito do maior balneário do sul do país no ano que vem. É favoritíssimo à sucessão de Fabrício Oliveira.
O ex-presidente gravou um vídeo com o parlamentar e deixou muito claro que a mulher dele, Michelle, gostaria muito de morar na pequena província sulista.

Catarinenses

O filho 04, Jair Renan, aliás, já mora em Balneário Camboriú, cidade onde será candidato a vereador.

Será?

Contexto no qual começam a pipocar especulações indicando que Jair Bolsonaro poderia ser candidato ao Senado por Santa Catarina. Se essa ideia evoluir, evidentemente ele teria que mudar o domicílio eleitoral para o estado.

Incipiente

Avalia-se, ainda muito superficialmente, que esta poderia ser uma tentativa de evitar sua inelegibilidade, que ocorrerá caso ele acene para nova candidatura presidencial.

Togas militantes

Os Tribunais Superior Eleitoral e Supremo não permitirão, democrática e legalmente, claro, que o conservador-mor deste país tente voltar ao Planalto em 2026. Até mesmo em função do brutal desgaste que Lula da Silva já acumula em apenas quatro meses de desgoverno.

Distribuição geográfica

O contexto familiar do clã Bolsonaro para 2026 poderia então ser o seguinte: Michelle, embora tenha vontade morar entre nós, seria candidata ao Senado pelo Distrito Federal. Flávio, que já tem mandato na Câmara Alta, buscaria a reeleição ao Senado pelo Rio de Janeiro. Por fim, Eduardo Bolsonaro, que é deputado, disputaria o Senado por São Paulo. É uma eleição com duas vagas senatoriais, pontue-se.

Pureza

Quadro que poderia levar o governador Jorginho Mello a novamente concorrer com chapa pura pelo PL. Foi assim que ele se elegeu em 2022.

Grande eleitor

Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina fortaleceria muito a recondução do atual mandatário estadual, que, por ora, só vê em Décio Lima um adversário capaz de fazer-lhe alguma frente no próximo pleito.

Projeções

A outra vaga ao Senado poderia ser preenchida por outro nome do PL com vistas a fortalecer o partido. A vaga de vice ficaria em aberto? Pode ser. Seria suficiente para atrair um grande partido ao projeto de Jorginho/Bolsonaro ou vice-versa? Aí só o tempo vai dizer.

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