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Bolsonaro fala em injustiça no processo eleitoral e não reconhece derrota

Jair Bolsonaro falou por 134 segundos no Palácio do Alvorada nesta terça-feira, quase dois dias depois de perder as eleições. Em discurso breve, o famoso curto e grosso, ele evitou falar em derrota, apesar de as urnas terem favorecido o descondenado Lula da Silva no dia 30 de outubro. 

Parecendo falar cifradamente para seus seguidores, ele também disse que manifestantes que fecham estradas não devem utilizar “táticas de esquerda”, o que gerou uma primeira onda de otimismo entre apoiadores que ainda estão em rodovias brasileiras.

Leia a íntegra do discurso: 

Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.

A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus pátria, família e liberdade. Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela Ordem e pelo Progresso.

Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos a pandemia e as consequências de uma guerra. Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar mídia e as redes sociais.

Enquanto presidente da República, e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira.

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