Coluna do dia

“Bolsonaro lá, Jorginho aqui”

Bem-sucedida. É assim que poderia ser definida a passagem de Jair Bolsonaro por Santa Catarina. Ele reuniu, entre prefeitos e vices, mais de 200 mandatários municipais em Balneário Camboriú. Sem contar os milhares de apoiadores, lideranças, deputados, religiosos, enfim.

Além da dobradinha derrotada na majoritária estadual, Esperidião Amin e Kennedy Nunes. Os dois representaram o PP e o PTB, disputando, respectivamente, o governo e o Senado no primeiro turno. Estavam no evento e na recepção presidencial com o 22 no peito.

Esperidião e Jorginho ficaram meio estremecidos durante a campanha. Conversaram amistosamente na terça-feira e podem marcar nova rodada ainda antes de 30 de outubro. Jair Bolsonaro demonstrou muita empolgação ante a calorosa recepção em território catarinense.

O presidente tentou até arrancar o slogan dos adversários, que costumam repetir “Lula lá, Décio aqui.” O presidente reformou o palavreado. “Bolsonaro lá, Jorginho aqui.”

 

Meta ousada

Os dois candidatos, Bolsonaro e Jorginho, reforçaram a expectativa e a necessidade de o presidente alcançar os 80% dos votos válidos. Em 2018, o atual chefe do Executivo federal conquistou quase 76%. É um grande desafio bater na casa dos 80% agora, ainda mais considerando-se os desgastes de quem está no poder.

 

Patamar

Lula da Silva fez pouco mais de 29% dos votos no primeiro round de 2022. Teria que reduzir para 20% sua votação aqui para tornar plausível a meta do PL.

 

Responsabilidade de todos

Os dois candidatos também bateram firme na tecla da redução das abstenções em Santa Catarina, que ficou na casa dos 18% em 2 de outubro. Significa mais de 1,2 milhão de votos que simplesmente ficaram de fora.

 

Quatro cantos

Aliás, esse tem sido o discurso de Bolsonaro em todos os cantos do país. Levar, convencer, convidar, engajar os que não votaram no domingo retrasado a comparecem às urnas a 30 de outubro.

 

Pêndulo

Outro aspecto é a luta pelo voto dos indecisos. Não adianta os candidatos derrotados dizerem que apoiam esse ou aquele porque o postulante não é dono dos sufrágios. Os donos são os eleitores. Eles vão se posicionar.

 

Missão

Por fim e o mais complicado é o trabalho para tentar virar votos depositados na primeira etapa da eleição. Os militantes precisam convencer quem votou no ex-presidente a mudar sua escolha.

 

Histórico

Nunca é demais lembrar que transferência de votos, o último que conseguiu essa façanha foi Leonel de Moura Brizola. Lá em 1989.

 

Transparência

Bolsonaro vem insistindo na tecla da pauta de costumes. Batendo forte contra o aborto e a descriminalização das drogas; a favor do armamento para a população de bem, sem contar  a defesa da liberdade religiosa e contra a ideologia de gênero.

 

Animado

O fato é que Jair Bolsonaro demonstrou bom humor, animação e otimismo com relação ao resultado das eleições.

 

Ausentes

Quem não apareceu na festa do 22 esta semana foram Moisés da Silva, ainda governador e filiado ao Republicanos. O Republicanos está na coligação presidencial.  Gean Loureiro, do União Brasil, partido que aderiu ao bolsonarismo no segundo turno, também não deu o ar da graça.

 

Todo vapor

O ritmo do round decisivo desta eleição é frenético. Ontem, feriado nacional, Bolsonaro foi a Aparecida do Norte, tradicional centro católico brasileiro. Lula, por sua vez, optou pelo Complexo do Alemão, no Rio, maior concentração de traficantes por metro quadrado no mundo.

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