Assim como já ocorreu em 2018, Jair Bolsonaro não virá a Santa Catarina nesta campanha. Rememoremos. No pleito anterior, o PSL acabou lançando um candidato ao governo, Carlos Moisés da Silva, mas a postulação não estava no script da coordenação nacional e nem era o desejo do então presidenciável daqueles dias.
O combinado foi que Lucas Esmeraldino seria candidato ao Senado. E ponto. Gelson Merisio já havia entrado no circuito, através dos filhos de Bolsonaro, e assumido o compromisso de abraçar a candidatura do atual presidente no segundo turno.
Mauro Mariani, candidato do MDB à época, também fazia jogo duplo. Henrique Meirelles foi o presidenciável emedebista. Mas Mariani também deixou muito claro que poderia dar palanque ao candidato do PSL.
Estamos falando das duas principais candidaturas do período eleitoral de 2018: Merisio e Mariani. Diante da desobediência do PSL catarinense, Jair Bolsonaro não veio a Santa Catarina.
Outro viés
Neste pleito, o atual inquilino do Planalto também não fará campanha de corpo presente no território Barriga-Verde. A motivação, no entanto, é outra.
Quarteto
Dentre os cinco principais nomes na corrida sucessória, temos dois candidatos de corpo inteiro com Bolsonaro: Jorginho Mello, correligionário, o 22, e Esperidião Amin, do PP, o 11, o principal partido aliado do presidente no contexto nacional. Sem contar que o senador do PP conhece o presidente há três décadas.
Periferia
Outros dois nomes tentam dar uma surfada na nova onda que vai apontando no horizonte eleitoral: Moisés da Silva, o desconhecido que chegou lá surfando o 17 de 2018, tenta beliscar novamente votos bolsonaristas para tentar renovar o mandato.
Erro crucial
Em 2019, o governador se distanciou do presidente, mas emite sinais claros de que está aberto ao jogo visando a pegar uma carona novamente. Se vai conseguir, as urnas dirão.
Gean também
A exemplo de Gean Loureiro, do União Brasil, partido que tem a senadora Soraya Thronicke, mas que não conta com o respaldo do ex-prefeito da Capital. Ele já declarou voto e apoio ao atual chefe da nação.
Neutralidade
Neste contexto, como Bolsonaro virá a Santa Catarina? Não dá pra subir em quatro palanques de concorrentes no estado. Voto também não se nega. Portanto, o presidente atiraria contra o próprio projeto se subisse apenas em um ou dois palanques.
Diferentemente de Lula da Silva, que na eleição passada estava preso. O PT catarinense estava isolado há quatro anos. Foi de chapa pura para respaldar a candidatura do poste Fernando Haddad.
Frentão
Agora o cenário é outro para os vermelhos: aliança de cinco partidos, com mais duas legendas canhotas sem candidatos ao governo, tendo o PT na cabeça de chapa. Realidade totalmente diferente.
Em casa
Além de correligionário e amigo, Lula é compadre de Décio Lima, novamente candidato ao governo pelo PT. O presidenciável desembarca domingo na Capital. Fará um comício no centro de Florianópolis, na praça em frente à Alesc e ao TJSC.
Cortina de fumaça
Esquema de segurança forte está sendo organizado, mas o petista virá a um estado ordeiro, de gente honesta e trabalhadora. O ex-presidiário que faça sua agenda, assim como o PT, e que parem de insinuar que pode haver algum tipo de violência ou conflagração. Esse tipo de coisa não faz parte do sentimento, do estado do espírito do catarinense.