Vídeo de reunião ministerial tem efeito imediato: fortalecer Bolsonaro
Para longe do Fla x Flu da guerrilha virtual de ideológica que toma conta deste país, dá pra projetar, com tranquilidade, que a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, encontro pilotado pelo presidente da República, surtiu sim efeito imediato: fortalecer Jair Bolsonaro perante seu eleitorado e à opinião pública não-militante. Isso pode render votos ao presidente lá adiante, então os que quiseram alvejar o chefe da nação a partir dessa manobra estão vendo o tirar sair pela culatra.
A gravação mostra Bolsonaro em estado puro, falando seus palavrões, meio sem foco às vezes, apressado, mas sendo exatamente quem ele é: eleito com 57 milhões de votos em 2018 justamente nessa toada.
A conferir os desdobramentos, mas política e juridicamente não parece que haverá muito o que fazer a respeito. Bolsonaro não cometeu nenhum “crime” durante a reunião.
Abaixo, um trecho da reunião com o presidente dando, digamos, um “esculacho” no ainda ministro da Justiça, Sérgio Moro.
CIRCO
Impossível não se manifestar sobre o papel, ou melhor, papelão do ministro Celso de Mello, do STF. Aliás, trata-se do decano da corte. Com o desfecho desta pantomima, ficou claro que os deputados que procuraram e provocaram o magistrado já estavam de caso pensado na tentativa de desestabilizar o presidente. As ações de Mello não são papel constitucional de um juiz, muito menos do Supremo. Ele deveria ter se declarado impedido de analisar o pedido dos deputados oposicionistas. Mas não. Não só despachou, liberando o vídeo, como também teve a cara de pau de mandar tudo para o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, este sim o titular de direito do inquérito em curso. Que agora já pega a missa no mínimo pela metade. Uma vergonheira só.