Na passagem de Jair Bolsonaro por Santa Catarina, quinta-feira à noite, ele concedeu entrevista exclusiva ao SBT-SCC.
E deixou claro que sua visita era só mesmo de caráter espiritual e pessoal. O presidente prestigiou a abertura do Congresso dos Gideões em Camboriú, evento que ele já havia conhecido em 2018, ano de campanha eleitoral.
Na conversa com o repórter Juan Todescatt, Bolsonaro não assumiu compromisso com as duplicações das BRs-470, 282 e 280. Parecia até desconhecer a situação das vias federais que são estratégicas para o escoamento da produção do agronegócio catarinense.
Ficou uma lacuna. Por outro lado, ele também mostra seu perfil ao não prometer só por prometer, da boca pra fora, como já fizeram tantos outros políticos e presidentes por aqui.
Foi legítima sua presença, prestigiando o evento do grupo religioso ao qual ele pertence. Tudo certo. Mas Bolsonaro perdeu a oportunidade de cumprir uma pequena agenda administrativa no estado que lhe deu a maior votação proporcional no primeiro turno do ano passado e a segunda mais expressiva no round final do pleito de 2018.
Saída pela direita
Questionado sobre as rodovias federais de SC, Jair Bolsonaro falou sobre a BR-163, no Centro Oeste, e sobre a Ferrovia Norte-Sul!
Internacional
Acerca da situação da Venezuela, o presidente da República falou da questão humanitária, ressaltou que o Brasil não pode ser a casa da mãe Joana, onde qualquer um entra a hora que quiser e lançou holofotes na direção da Argentina. “O governo que terminou há pouco, de Cristina Kirchner, é o primeiro nas pesquisas. Daqui a pouco podemos ter uma Venezuela do Sul,” alertou Bolsonaro.
Previdência
Sobre esta reforma de urgência-urgentíssima, Jair Bolsonaro declaro que considera a aprovação da proposta bem encaminhada no Congresso Nacional. E elogiou Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e Davi Alcolumbre, presidente do Senado.
Epagri
O presidente da Comissão de Agricultura, deputado Zé Milton, protocolou na Assembleia Legislativa duas emendas ao projeto de Reforma Administrativa do governo do Estado. De acordo com o parlamentar, o objetivo é garantir que o Estado mantenha o repasse de 1% destinado à Epagri.
Para Zé Milton, o governo erra ao definir na reforma que os recursos destinados à pesquisa científica e tecnológica, no percentual de 2% fixado pela Constituição Estadual, seja repassado somente para a Fapesc, sem que seja assegurado 1% para a Epagri.
Preocupação
Cerca de 214 municípios de Santa Catarina, que contam hoje com 436 médicos atendendo pelo Programa Mais Médicos, podem ter o atendimento da atenção básica à saúde prejudicado caso sejam aprovadas as novas medidas do Programa. Conforme a Federação Catarinense de Municípios (Fecam), as mudanças significariam a perda direta e irreparável das 571 vagas disponíveis para Santa Catarina.
Debate
Evidentemente que se isso ocorrer, haverá impactos negativos no acesso à saúde da população, o risco de desassistência e a diminuição dos repasses federais e estaduais à atenção primária. O assunto foi debatido no Seminário CNM Qualifica, realizado nos dias 29 e 30 de abril, em Florianópolis, com a presença de gestores de saúde de todo o Estado, promovido pela Confederação Nacional de Municípios em parceria com a Fecam.