Coluna do dia

Bornhausen reavalia saída do PSB

Diretamente de Miami, para onde viajou com a família ainda em novembro, o ex-deputado federal Paulo Bornhausen entrou em contato com o blogueiro. Confirmou que recebeu convites para assinar ficha no Podemos, do senador Alvaro Dias, e também no DEM, pilotado nacionalmente pelo prefeito de Salvador, ACM Neto.

Ele conversou com prefeitos e deputados do PSB sobre a possibilidade de mudança de endereço. Os primeiros foram muito receptivos à ideia, mas dois dos três parlamentares estão reticentes. Até pelo viés de preservação dos mandatos. E também porque muita coisa está para acontecer nesta direção de reacomodações partidárias. Aos perceber que não conseguiria levar todo mundo, Paulinho decidiu refluir. Vai dar mais uma observada nos acontecimentos.

Neste cenário, a saída do próprio Bornhausen ficou em stand by. As especulações aumentaram na semana passada, quando ele passou pelo Estado. O presidente estadual do PSB só deve voltar ao Brasil na segunda quinzena de março, quando ele terá agenda com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Os dois têm boa relação e vão avaliar os cenários.

 

Ressurreição

O cenário de mudanças políticas pode começar pelo próprio presidente da República. Jair Bolsonaro e seus filhos estariam avaliando sair do PSL, encrencado com o escândalos dos laranjas e que acabou por derrubar Gustavo Bebbiano da Secretaria de Governo. O destino seria a ressurreta UDN (União Democrática Nacional) partido que fazia o contraponto ao PTB e ao PSD, criados na era Getúlio Vargas.

 

Colombo presidente

Nos bastidores, é dada como líquida e certa a chegada de Raimundo Colombo à presidência estadual do PSD. O ex-governador já assumiu a fundação nacional de estudos da legenda. A ascensão ao comando partidário tem o aval do presidente nacional, ex-ministro Gilberto Kassab.

 

Antecipação

O dirigente nacional, aliás, também examina seriamente a possibilidade de antecipar ainda para o primeiro trimestre as convenções estaduais, previamente marcadas para agosto.

Com o martelo batido em Santa Catarina, resta saber como reagirá o ex-deputado e presidente estadual do PSD, Gelson Merisio. Este processo tende a reforçar as especulações que dão conta da migração de Merisio ao PP ou outra sigla.

 

Proximidade

O jantar de Napoleão Bernardes com Jorge Bornhausen, Júlio Garcia e Ricardo Guidi, dois dias antes dele anunciar que deixaria o PSDB, segue rendendo nos bastidores.

Assim como a nomeação de um dos assessores mais próximos do ex-prefeito de Blumenau para a assessoria de assuntos internacionais da Alesc.

São sinais inequívocos de que, ali adiante, Bernardes pode estar buscando uma inserção que passe pela articulação do próprio Júlio Garcia ou até mesmo de Paulo Bornhausen, com quem o ex-tucano tricotou e interagiu muito em 2018.

 

Daqui quatro anos

É um novo e interessante alinhamento, considerando-se, ainda, o protagonismo do presidente da Assembleia no novo cenário estadual. Vale lembrar também que, no fim de 2018, Jorge Bornhausen declarou que o grande nome para 2022 seria o de Napoleão Bernardes.

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