Coluna do dia

Brasileiro quer Cunha fora

O Instituto Paraná, com sede em Curitiba, realizou pesquisa nacional, entrevistando 2.020 brasileiros entre os 17 e 22 de novembro. As perguntas, desta vez, foram elaboradas para saber como a população enxerga e acompanha o escândalo envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Mas também avalia se os brasileiros acreditam que Dilma Rousseff pode sair do cargo antes do peemedebista. Neste ponto, quase 40% dos ouvidos acredita que a dupla deveria deixar o Planalto e o comando da Câmara juntos. E é de 2% o percentual dos que apostam que a ex-mãe do PAC deve deixar o cargo primeiro.

Quanto a Cunha, 66% entendem que ele não tem independência para analisar um pedido de impeachment da presidente da República. Já 77% dos entrevistados assinalam que o peemedebista é “mau político”. Mas o maior índice aferido na pesquisa é daqueles que acreditam que o presidente da Câmara se beneficiou de esquemas de corrupção na Petrobrás, com 83,2%. Também altíssimo, é o patamar daqueles que defendem o afastamento do deputado da presidência da Casa para responder judicialmente pelas suspeitas nas quais está envolvido: 70,8%.

 

Nova leva

Em menos de 24h, duas prisões, no âmbito da Operação Lava Jato, voltaram a sacudir o PT e o Planalto. Na terça-feira, a Polícia Federal tirou de circulação o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do peito de Lula da Silva. Ontem, foi a vez dos agentes levarem o senador Delcídio Amaral (PT), líder do governo Dilma no Senado, para a carceragem da PF em Brasília.

 

Tensão

O juiz Sérgio Moro, no despacho de prisão de Bumlai, assinalou que não há provas, ali, que incriminem Lula da Silva. Mesmo assim, a tensão aumentou no entorno do ex-mito. Já a detenção de Delcídio, que atuava para atrapalhar as investigações acerca das irregularidades na Petrobrás, por óbvio respinga no Palácio do Planalto. Não se tem notícia de algum líder de governo, em qualquer espécie de Parlamento, que não tenha acesso direto e atuação em sintonia com o chefe, ou a chefe, do Executivo.

 

Ligações

O petista  Delcídio Amaral tem forte ligação com Santa Catarina. Ele tem duas residências em Florianópolis (uma no Centro e outra em Jurerê Internacional), onde normalmente passa a temporada de Verão e também é visto costumeiramente nos fins de semana. A esposa de Delcídio é dona de lojas na cidade, onde o casal é bastante conhecido. O petista também já foi diretor da Eletrosul, na década de 90, período em que fixou residência na Capital catarinense.

 

Reação imediata

Logo após o anúncio da formação do bloco entre PSD, PSB e PR, que terá atuação conjunta na Assembleia, abrindo caminho para várias alianças municipais em 2016, o PP e o PSDB reagiram. Tudo indica que os dois partidos, que caminharam juntos em 2014 no pleito estadual, também formarão uma frente no Parlamento. Também já sinalizando para possíveis acordos no futuro próximo e nem tão próximo.

 

Correção

Diretor da tradicional Rádio Catarinense, de Joaçaba, Nelson Paulo dos Santos, escreve à coluna para retificar uma informação publicada na edição de segunda-feira. A Rádio Santa Catarina, citada em matéria da Folha de S. Paulo como estando na mira do MPF por ter o deputado Jorginho Mello (PR) como sócio, não tem qualquer relação com a emissora que ele dirige. “É uma empresa (Rádio Santa Catarina), criada por algumas pessoas, sem qualquer ligação com a Rádio Catarinense, que venceu uma licitação recente do Ministério das Comunicações de um canal de TV para Joaçaba”.

 

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