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BRDE protocola nova solicitação de postergação de dívidas aos repassadores de recursos nacionais

Os ofícios encaminhados pedem a suspensão por mais seis meses das exigibilidades das operações contratadas pelas empresas.
Diante do agravamento da pandemia da COVID-19 neste último mês, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) apresentou solicitação a três repassadores de recursos nacionais – Ministério do Turismo (MTur), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) – para que seja concedido novo período de suspensão das exigibilidades das operações contratadas com valores disponibilizados por esses órgãos. Os ofícios assinados pela diretora-presidente do BRDE, Leany Barreiro de Sousa Lemos, e pelo diretor de Acompanhamento e Recuperação e Crédito, Vladimir Arthur Fey, foram encaminhados ao Ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, ao presidente do BNDES, Gustavo Montezano, e ao diretor de Inovação da FINEP, Alberto Dantas.

No documento, o BRDE solicita a todos os órgãos a postergação por mais seis meses das operações contratadas através do Fundo Geral do Turismo (Fungetur), da linha BNDES de Renegociação Emergencial de Operações Indiretas Automáticas e do programa de renegociação de prestações da FINEP, como medida emergencial necessária ao enfrentamento da pandemia, visando a mitigação dos impactos negativos na economia.

Para o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito, Vladimir Arthur Fey, “a solicitação apresentada, se atendida, irá compor as demais ações emergenciais em implantação no BRDE para apoio aos clientes, estando alinhada com medidas governamentais que estão sendo implementadas desde o início da crise. Acreditamos que, conjuntamente, possamos levar soluções que amenizem a grave situação dos nossos clientes”, destaca.

 

Apoio desde o início da pandemia

Além da liberação de crédito, desde o ano passado, mais de 1,3 mil empreendedores catarinenses (empresas e agricultores) foram beneficiados com a postergação dos contratos por pelo menos seis meses. O congelamento da dívida durante este período da pandemia deu fôlego para que as empresas pudessem manter os empregos e em atividade. Somadas as parcelas postergadas desde o mês de março de 2020, o valor chega a aproximadamente R$ 115 milhões.

“A nova solicitação de postergação junto aos órgãos repassadores de recursos evidencia que o BRDE está atento às necessidades dos empresários que enfrentam com coragem esta crise”, ressalta o diretor financeiro do BRDE, Marcelo Haendchen Dutra.

Em Santa Catarina, durante o ano passado, o Vale do Itajaí é que teve o maior valor postergado: R$ 23,4 milhões deixaram de ser desembolsados temporariamente por empresas e prefeituras da região. A segunda região mais beneficiada foi o Norte do Estado, com a postergação de R$ 17,2 milhões. Em seguida aparece a Grande Florianópolis (R$ 16,4 milhões) e Oeste (R$ 14,7 milhões). Meio Oeste, Litoral Norte, Extremo Oeste, Sul e Planalto Serrano complementam a relação dos beneficiados. Os valores repactuados são proporcionais aos contratos que o banco possui em cada região.