Operações de crédito viabilizaram investimentos de R$ 4 bilhões na Região Sul no período
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE registrou lucro líquido de R$ 118 milhões em 2017. A despeito da conjuntura de baixo crescimento econômico, o montante ficou praticamente estável em relação ao resultado do ano anterior (R$ 117,6 milhões). O desempenho é resultado de R$ 2,2 bilhões em contratações de crédito, em 5.137 operações de financiamento.
Somados aos recursos investidos pelos empreendedores, foram viabilizados pelos financiamentos do BRDE, investimentos de R$ 4,071 bilhões em grandes e pequenos negócios de todos os setores da economia na Região Sul, o que permitiu criar ou manter mais de 33 mil empregos diretos e indiretos no período. O desempenho das operações do Banco também geraram ICMS incremental de R$ 359 milhões aos estados-controladores, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O Patrimônio Líquido superou R$ 2,5 bilhões em 2017, com R$ 17,2 bilhões de Ativos Totais. O índice de inadimplência da carteira de crédito foi de 3,05%, inferior à média registrada pelo Sistema Financeiro Nacional, de 3,25%. O número abaixo da média nacional é resultado de sua política institucional de preservação de empregos e geração de renda, que levou o BRDE a firmar 220 operações de reestruturação de dívidas, no valor de R$ 182,1 milhões. Com isso, permitiu a manutenção do funcionamento de empresas com baixo grau de liquidez no curto prazo, mas avaliadas como viáveis no médio e no longo prazo.
OPERAÇÕES – Apesar de sua atuação apenas na Região Sul, o BRDE se destacou no ranking nacional dos agentes repassadores de recursos do BNDES. “O BRDE foi o primeiro colocado em desembolsos nos estados do Sul, com 14,7% dos totais na região”, destaca o diretor-presidente do BRDE, Orlando Pessuti. “Considerando as instituições financeiras de todo o Brasil, o BRDE foi o sexto no volume de operações de crédito indiretas contratadas com recursos do BNDES”, afirma.
O BRDE também se destacou como o maior repassador nacional de recursos do Programa Inovacred da Finep, que financia projetos de inovação. Chegou ao valor histórico de R$ 196,1 milhões, no Sul, o que equivale a 31,7% do total do país.
O BRDE tem operações com clientes em 90% dos municípios da Região Sul, numa carteira de 35.366 clientes ativos. De um total de 4.744 clientes que contrataram financiamentos com o Banco, 79% eram micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). O valor médio de contratação ficou em R$ 463 mil por cliente.
BRDE EM SANTA CATARINA – Em Santa Catarina, destacaram-se os programas de desenvolvimento alinhados com as políticas do governo do Estado, como o SC + Energia. Os financiamentos do BRDE ao setor alcançaram R$ 512,3 milhões nos últimos 5 anos. Só no ano passado foram R$ 97,5 milhões em crédito concedido para projetos de geração de energias renováveis e eficiência energética.
O financiamento à inovação tem ganhado espaço na carteira da agência do BRDE em Santa Catarina. Desde o início do programa BRDE Inova – no segundo trimestre de 2013 – até o fim de 2017, a agência catarinense já financiou mais de R$ 221 milhões em projetos inovadores. No mesmo período, o financiamento à inovação consolidado do BRDE nos três estados do Sul foi de aproximadamente R$ 500 milhões.
A carteira do programa de Microcrédito encerrou 2017 com mais de R$ 317,5 milhões em crédito concedido em 26.915 contratos de financiamento com cooperativas de crédito e seus cooperados.
NOVAS FONTES DE RECURSOS – Na busca de ampliar suas fontes de recursos para garantir novos investimentos em setores produtivos dos estados do Sul, o BRDE assinou, em 2017, convênios com o Ministério do Turismo para operar com recursos do Fundo Geral de Turismo (FUNGETUR), e com a Agência Francesa de Desenvolvimento – AFD para incrementar o apoio a projetos voltados à produção e ao consumo sustentáveis, projetando contrato de financiamento no valor de € 50 milhões – cerca de R$ 200 milhões numa parceria BRDE-AFD inédita na história do banco.
Em 2017, o BRDE credenciou-se junto ao Ministério das Cidades para operar com o programa Avançar Cidades, que financia investimentos em Saneamento e Mobilidade Urbana, com recursos do FGTS.
Outro destaque foi a renovação do contrato com a Agência Nacional de Cinema – ANCINE para a continuidade dos serviços como agente financeiro do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA por mais cinco anos. Nesse período, a previsão de repasses ao setor chega a R$ 5 bilhões.
