Conhecidos nos bastidores como os “pais do Plano Real”, tendo atuado efetivamente na elaboração do sistema que desaguou na atual moeda nacional, o trio de economistas Pedro Malan (ex-ministro da Fazenda), Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central), e Edmar Bacha (ex-presidente do BNDES), já caiu na real de 2022.
Não foram necessárias nem duas semanas pós-eleições para o engomado trio pular fora da nau lulofanatica.
Os três divulgaram uma carta, no portal do manifesto canhoto que atende pelo nome de Folha de S. Paulo. No texto, os doutores da economia fazem “alertas” e demonstram “preocupações” ante os posicionamentos, nada ortodoxos, registre-se, do presidente que saiu das urnas em 2 de outubro.
Na prática, a tal carta significa o rompimento dos três com o projeto Lula III. Sob o pretexto de também estarem preocupados com o “social” (sem dúvidas), Malan, Fraga e Bacha escancaram que, na toada sinalizada pelo ex-tudo petista, serão criados problemas ainda maiores à população de baixa renda. Bingo! Quase descobriram a roda.
Faz o L!
Ah, sim, os três economistas também frisam, numa mensagem que serve somente para eles marcarem posição política e frente ao mercado, pois Lula e seus camaradas não darão a mínima atenção ao texto, que “responsabilidade fiscal não é obstáculo” para que se faça uma distribuição de renda neste país.
De joelhos
Este trecho do texto é imperdível, histórico. O trio se dirige diretamente a Lula da Silva. “Desculpe-nos a franqueza. Como o senhor sabe, apoiamos a sua eleição e torcemos por um Brasil melhor e mais justo.” Na última fala sobre economia, o líder vermelho escancarou seu desprezo pelo mercado de capitais. Colocou todos os investidores na vala comum dos “especuladores.” Gente, que para Lula, não é “séria.” Realmente ele é um baluarte e uma referência moral para falar em seriedade.
FRASE
“Porque o dólar não aumenta e a bolsa não cai por conta das pessoas sérias, mas é por conta dos especuladores que vivem especulando todo santo dia.” Presidente que saiu das urnas em 2 de outubro.
Nunca antes
Lula nem assumiu e já caiu o primeiro ministro do governo que está por vir. Guido Mantega, que conduziu o Brasil ao abismo no período dilmista, desligou-se da equipe de transição de governo. Um recorde, sem sombra de dúvidas.
Novela sem fim
Devido à paralisação de alguns trechos das obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis e a possibilidade cada vez mais clara da não conclusão do cronograma previsto para ser entregue em dezembro de 2023, o senador Esperidião Amin cobrou da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em audiência realizada na semana passada, em Brasília, uma posição para que a tão esperada conclusão das obras não fosse novamente prejudicada.
Pois agora
O diretor da ANTT, Rafael Vitale, respondeu positivamente ao apelo do senador catarinense. Mas neste caso, mais até do que em outros, vale mesmo é aquela máxima de que “de boas intenções, o inferno está cheio.” Ninguém sabe quando e se, efetivamente, o lendário contorno viário da Grande Florianópolis ficará pronto. Oremos.
Frenesi
É muito intensa a movimentação política nos bastidores de Santa Catarina. Enquanto os eleitos se movimentam freneticamente para montagem de equipes de trabalho para os próximos quatro anos e, ainda, na indicação de nomes para os futuros governos, a turma de fim de mandato vai limpando as gavetas e tentando se segurar em alguma estrutura para não ficarem ao léu a partir de 2023.