Coluna do dia

Caindo pelas tabelas

O Instituto Paraná divulgou uma pesquisa, essa semana, sobre a popularidade do líder Supremo na maior cidade do Nordeste, Fortaleza. Os números causaram alvoroço no PT e no Palácio do Planalto. Ao mesmo tempo, a divulgação dos dados causou alento e animação na oposição.
Num período de pouco mais de seis meses, a reprovação de Lula da Silva cresceu 10 pontos percentuais na metrópole nordestina.
Quando falamos em nordeste, estamos falando da região que foi decisiva para o presidente que saiu das urnas em 2022.
Mas por que essa situação registrada na Capital do Ceará? Seria uma situação localizada ou pode se constituir numa tendência resultante de pouco mais de um ano de desgoverno?
A própria União admitiu que 8,4 milhões de famílias deixaram de ganhar a Bolsa Voto, ou melhor, Bolsa Família no Nordeste. O programa de manutenção de eleitores é o grande cabo eleitoral da extrema-esquerda na região mais carente do Brasil.

Sinais

Talvez aí já esteja uma pista para o quadro aferido pelo Instituto Paraná em Fortaleza. Aliás, a cidade foi visitada pelo atual inquilino do Planalto na quinta-feira.

Incógnita

Será que a insatisfação do eleitorado é semelhante em Recife e Salvador, outras duas capitais que estão na agenda da deidade vermelha. A redescoberta deste país pelo chefe da Organização ocorre, vejam só, justamente em ano eleitoral.

Alerta ligado

Se for efetivamente esse o caso, motivo de sobra para preocupar o desgoverno. Caso realmente o contexto esteja se tornando desesperador no Nordeste, imaginem no Sul, no Sudeste e no Centro Oeste. Lembrando, ainda, que Jair Bolsonaro ganhou do líder supremo também no Norte do Brasil.

Somatório

No Sudeste, embora tenha perdido por pequena margem em Minas Gerais e em São Paulo, o ex-presidente levou a melhor na região.

PT e PSOL

Por falar em São Paulo, estado que tem o segundo orçamento do país, perdendo apenas para o da União; sua capital, a cidade de São Paulo, que tem o terceiro orçamento do Brasil, tem Lula da Silva fechado com o deputado federal Guilherme Boulos, do PSOL.

De volta

O presidente da República conseguiu tirar a ex-prefeita Marta Suplicy da Secretaria de Relações Internacionais do prefeito Ricardo Nunes, do MDB. Marta aceitou o convite para retornar ao PT para ser vice de Boulos, contra o prefeito que ela serviu por três anos.

Típico

Evidentemente que essa situação – que vindo de Marta Suplicy não surpreende ninguém – será amplamente explorada na campanha.

Outro lado

Diante disso, Tarcísio de Freitas confirmou seu apoio ao prefeito Ricardo Nunes, assim como já havia feito Jair Bolsonaro.

Polarização

Assim, teremos uma eleição polarizada em São Paulo. De um lado, a extrema-esquerda com Boulos, o PSOL, o MTST e o PT; do outro, a centro-direita com Ricardo Nunes. Será, sem dúvidas, uma prévia do pleito nacional de 2026. A cidade de São Paulo tem quase 15 milhões de eleitores.

Prévias

O resultado na Capital paulista poderá ser uma sinalização para daqui a dois anos. Ainda mais que a situação do desgoverno, liderado pelo ex-presidiário, começa a preocupar a comunistada em Fortaleza; então, não se pode descartar que os desdobramentos poderão ser sentidos nos grandes centros urbanos, a começar pela capital do mais rico e mais populoso estado da federação.

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