Na medida em que nos aproximamos das eleições, neste período, que ainda é pré-eleitoral, observamos que as articulações estão a todo vapor.
Vamos nos fixar em duas cidades neste momento. Em Blumenau, a deputada federal e ex-vice-governadora, Daniela Reinehr, pode vir a ser a opção do PL na sucessão de Mario Hildebrandt. Ela pode, inclusive, merecer o apoio do atual gestor.
O prefeito certamente estará no PP e indicará o vice dentro de um acordo com o governador Jorginho Mello e as bênçãos do senador Esperidião Amin.
Há outro nome, contudo, nos bastidores. O deputado estadual Egídio Ferrari, do PTB, partido que, depois da prisão de Roberto Jefferson, que está muito enfermo, definhou.
O governador tenta atrair Ferrari para o seu PL.
Não se pode esquecer de João Paulo Kleinübing, ex-prefeito de dois mandatos, ex-deputado estadual, federal, ex-presidente da Eletrosul e que hoje está à frente do banco que reúne os três estados do Sul – BRDE.
Tripé
JPK é o plano A para Blumenau. Daniela, o plano B e Egídio, o C. Três alternativas governistas na terceira maior cidade do Estado. O PSD, que na cidade é representado por Napoleão Bernardes, também ex-prefeito de dois mandatos, anda conversando com o NOVO, de Odair Tramontin.
Composição
Os pessedistas poderiam indicar o vice. O nome especulado é o de Denise dos Santos, que foi suplente de Raimundo Colombo na disputa ao Senado em 2018.
Rumo
Ou seja, Napoleão pode ficar em um lado diferente de onde sempre esteve, mais recentemente com João Paulo Kleinübing e já há mais tempo com Mário Hildebrandt.
Conversando
Jorginho Mello continua empenhado em novas aquisições para fortalecer o PL. Anda conversando muito com o presidente estadual do Podemos, deputado estadual Camilo Martins.
Diluição
O partido não tem futuro no plano nacional. Projeções indicam que o Podemos deve se unir à federação já formada por PSDB e Cidadania. Que também é uma junção sem perspectivas de futuro.
Timing
Camilo deve seguir no partido até que se abra a janela para mudança sem risco de perda do mandato.
Nome forte
Mas seu sucessor, indicado por ele em Palhoça, Eduardo Freccia, poderia buscar abrigo no PL para concorrer à reeleição em 2024.
Generosidade
Para isso, contudo, o governador teria que ir a Palhoça e apresentar uma lista significativa de obras para a cidade, que hoje é a oitava maior de Santa Catarina.
Para contar com Freccia, Jorginho terá que apresentar um pacote que justifique a mudança de partido do prefeito.
Eleitorado
Palhoça é estratégica para o governador. Não só pelo seu tamanho, mas também por integrar a Grande Florianópolis: com a Capital, São José, Biguaçu e Santo Amaro da Imperatriz. Somente nestas cinco cidades, estamos falando em mais de 1 milhão de eleitores.
É estratégica para qualquer projeto estadual, leia-se eleições majoritárias de 2026.