Coluna do dia

Campanha começa a afunilar

A disputa presidencial começa a ganhar contornos de progressiva definição. Senão vejamos. As pesquisas mais recentes do Ibope e do DataFolha já demonstram algumas coisas claramente. A tendência de queda de Marina Silva assim como a tendência de crescimento de Fernando Haddad, além de uma relativa  estabilização de Ciro Gomes. Com pequenas oscilações para cima.

Geraldo Alckmin também tem dado algumas pequenas oscilações para cima, mas tem clara dificuldade de se estabelecer em dois dígitos na preferência dos pesquisados. Na verdade, o desemprenho do tucano é muito discreto.

É um contexto que permite projeções no sentido de crescimento do chamado voto útil se o tucano continuar patinando. E não só dos que pretendiam votar no PSDB, mas também de lideranças de partidos aliados e alinhados a Geraldo Alckmin que podem começar a descarregar votos no presidenciável pedetista.

 

Apocalipse

Para esse pessoal, o pior dos mundos seria o segundo turno entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Considerando-se, obviamente, que Ciro é de esquerda, mas por não ser petista de carteirinha, é avaliado como mais light em algumas posições. É menos radical do que o candidato do PSL e o candidato petista. Apesar dos rompantes, de certas atitudes extremadas, que tornam Ciro Gomes um cidadão de reações fora do tom.

 

Incógnita

Para o caso de consolidar uma reta final na corrida presidencial tendo o trio Bolsonaro, Ciro e Haddad, em Santa Catarina será um negócio fantástico. Como vai se comportar o MDB no segundo round nacional? E o próprio PSD? Porque se chegarem Bolsonaro e Haddad no segundo turno, aí o PT vai negociar o apoio ou de emedebistas ou de pessedistas e aliados. Sob a seguinte condição. Os petistas catarinenses apoiariam o candidato a governador que der palanque para o preposto de Lula da Silva. Isso numa frente.

 

Onda ou aliado

Mas se o turno decisivo for entre Bolsonaro e Ciro? Como se comportaria Gelson Merisio. Apoiaria o pedetista pelo fato de o PDT estar em sua coligação ou se abraçaria a Jair Bolsonaro, tentando surfar essa onda em Santa Catarina? São muitas variáveis.

 

Petistas lá

Outro ponto a ser colocado no tabuleiro. E se o petista Décio Lima for para o segundo turno e Fernando Haddad também? O crescimento do presidenciável do partido pode impulsionar Décio Lima. Sua presença no segundo turno hoje é uma situação improvável. Mas não impossível. Fortes emoções à vista nestas três semanas que antecedem o dia 7 de outubro!

 

FRASE

“Os dois são as duas lideranças do nosso partido mais envolvidas na coordenação da campanha. São os condutores políticos da campanha.

Tem participado ativamente da estratégia de mobilização, de definição das ações, bem como de comunicação.” Tufi Michreff, coordenador de campanha de Mauro Mariani, explicando os papeis desempenhados pelo governador Eduardo Moreira e também pelo senador Dário Berger.

 

Ação e reação

Enquanto o governador Eduardo Moreira deu coletiva de imprensa, semana passada, atacando, de forma indireta, o desempenho do governo de Raimundo Colombo (sem citar o antecessor, nas entrelinhas), o candidato ao Senado divulga sua satisfação pela posição destacada de Santa Catarina em rankings de competitividade elaborados por veículos de comunicação e consultorias.

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