Pedrão optou por fazer um programa sem nenhum conteúdo falado, a não ser imagens fortes da realidade de países de primeiro mundo, que hoje já encontram no seu dia a dia drogas como a K9, que deixam as pessoas como verdadeiros zumbis, e que podem chegar a Florianópolis. No Brasil, a Cracolândia, por exemplo, começou pequena e por falta de gestão e de cuidado adequado cresceu. Embora em Florianópolis hoje 3.500 pessoas estão situação de rua, mais do que a população inteira de Rancho Queimado, ainda dá tempo de agir para minimizar e acabar com essa situação.
O programa aborda de uma forma impactante o que acontece em outros países alertando que Florianópolis pode chegar a essa mesma situação se nada for feito. No fechamento do programa aparece a pergunta “até quando vamos esperar para que isso aconteça aqui?”.
Pedrão defende que a atual gestão trata com irresponsabilidade e naturalidade a questão, com ações ineficientes e caras. “As políticas públicas desenhadas pela prefeitura hoje não surtem nenhum efeito, são midiáticas e custam muito caro à nossa sociedade. A exemplo, tivemos uma overdose de mídia sobre a tão anunciada “internação involuntária”, que hoje se tornou piada e motivo de silêncio por parte da gestão municipal, a qual internou apenas 4 pessoas, que permaneceram menos de 72 horas dentro do IPQ. É preciso levar as pessoas que são dependentes químicas para tratamento em dependência química, aqueles que têm problema psiquiátrico para o tratamento psiquiátrico. Somente com uma gestão qualificada que vamos alcançar êxito neste grave problema que mata pessoas e sociedade. Florianópolis deve decidir em se tornar Rio e São Paulo, ou, resgatar sua própria identidade, com honestidade, amor e ordem”.
O coronel Marcelo Pontes foi padrinho da Força Tarefa DOA, uma iniciativa importante para garantir a segurança pública e o acolhimento adequado das pessoas em situação de rua, formada pela Guarda Municipal de Florianópolis, Polícia Militar de Santa Catarina, Polícia Civil, Delegacia dos Desaparecidos, Polícia Científica, Conseg (Conselho de Segurança) do Centro da Capital, Ministério Público de SC, Comcap, Secretaria Municipal da Assistência Social de Florianópolis, Susp, além de órgãos e entidades e sociedade civil organizada. Pontes ressalta a importância da união para resolver o problema: “Participei da criação da Força-Tarefa DOA, defendendo ações para ajudar pessoas em situação de rua. O nosso diferencial é que atuavamos em conjunto, deixando as vaidades de lado e focando no objetivo em comum, cada um em sua área. Sempre com respeito e responsabilidade, encaminhando cada caso para a resolução adequada”.
A mídia mostra diariamente casos de violência e furtos cometidos por pessoas em situação de rua, a maior parte deles envolvendo algum tipo de entorpecente. Os casos mais recentes foram a agressão de uma mulher e a morte de um adolescente. Pedrão reforça que precisa de mais responsabilidade da prefeitura para lidar com o assunto. “A questão das pessoas em situação de rua, é crítica. Florianópolis o que mudou muito a abordagem nos últimos anos. Enquanto vereador eu posso dizer que eu fiz de tudo. Comecei tentando resolver o problema levando alimento, conduzindo essas pessoas para comunidades terapêuticas, tentei fazer de tudo. E a política no município, de 2013 até o final de 2020, ela tinha um viés de acerto. As pessoas que estavam debilitadas eram conduzidas a tratamento. Hoje o que nós observamos é que a atual gestão da prefeitura trabalha dando refeição, cama, roupa lavada e até o hotel com o dinheiro dos contribuintes, mas não faz o básico. O básico é: quem é dependente químico leva para tratamento no instituto voltado para a dependência química. Aqueles que têm problema de psiquiatria, instituto psiquiátrico. Os que querem voltar para suas casas, voltam no ônibus com a passagem, com lanche. Aqueles que são os mandriões, que estão aqui na cidade, não querem nada com nada, estão furtando, criando a sensação de insegurança, para esses o rigor da lei”.