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Campanha na Capital: obras, possível segundo turno e as explicações que faltam

Em Florianópolis, cidade que tradicionalmente e até pelo seu DNA respira e vive a política no dia a dia, a campanha municipal também está morna e longe de ganhar as ruas e principais rodas de conversa.

De qualquer forma, a campanha televisiva e radiofônica está no ar e já aponta para o cenário de nova polarização entre Gean Loureiro (DEM) e Angela Amin (PP), a exemplo do que ocorreu há quatro anos.

Da mesma forma, correndo por fora está Elson Pereira, do PSOL, que neste ano tem a companhia de Pedrão, do PL, como possíveis ameaças a conquistarem uma das duas vagas no segundo turno.

Sim, a coluna avalia que o pleito tem tudo para ser decidido somente na segunda rodada, em que pese pesquisas que possam sugerir o contrário.

Estrutura e história

Como também já era possível projetar, os programas de Gean e de Angela são os mais bem produzidos. As campanhas são as de melhor estrutura, por motivos óbvios (e alguns que talvez precisem ser explicados durante a campanha, como o que motivou a troca do vice do atual prefeito).

Vice

Aliás, nenhum dos dois programas, de DEM e de PP, mostrou o candidato a vice. O de Gean é o empresário estreante na política, Topázio Neto. O de Angela é o atual vice-prefeito, João Batista Nunes, pivô de um dos lances mais polêmicos da pré-campanha. Sem melhores explicações, ele foi sacado da posição e acabou migrando, praticamente no dia seguinte, para a chapa da grande rival do atual gestor, Angela Amin.

Fila

Assim como na vida real, o programa de Elson Pereira também está bem produzido e assim como acontece com outras candidaturas de esquerda em Santa Catarina, o vermelho, o PT ou mesmo símbolos comunistas não fazem parte da identidade visual da campanha.

Ajuntamento

Em 2006, na campanha eleitoral ao governo do estado, o ex-governador e hoje senador, Esperidião Amin classificou a tríplice aliança de Luiz Henrique da Silveira (que tinha bem mais do que três partidos, mas contava com o trio de grandes: MDB, PFL e PSDB) de “ajuntamento.”

Por uma dessas ironias do destino, o que mais se ouve em Florianópolis são pessoas intrigadas com o “ajuntamento” entre Angela Amin e o ex-rival e ex-inimigo, Dário Berger, do MDB.

Não se ouve um só eleitor cravando que de estão certos, de que tem que estar juntos mesmo numa tentativa de derrotar Gean Loureiro.

Como assim?

Mas a incompreensível aliança que levou o MDB a simplesmente apoiar o PP em Florianópolis não é a única explicação que terá que ser construída durante esta campanha.

Além da emblemática troca do vice, Gean Loureiro também certamente será instado porque mudou de partido – o MDB o considera um traidor indesculpável – e assinou ficha no DEM.

Maia e Alcatraz

O atual prefeito da Capital também poderá ser convidado a se manifestar sobre a ida ao DEM, partido do notório Rodrigo Maia, e também sobre o apoio do PSD ao seu projeto. PSD é o partido do presidente da Alesc, Júlio Garcia, denunciado pelo Ministério Público no âmbito da Operação Alcatraz.

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