Giovan Nardelli, candidato a prefeito como número 77, pelo partido Solidariedade, solicitou ao Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina o fim da prática poluente das carreatas para propaganda eleitoral.
Giovan afirma “justificamos que os automóveis são altamente poluentes, com impactos no aquecimento global, devendo ser respeitado o meio ambiente, onde invocamos o art. 225 da Constituição. (…) Uma carreata também gera aglomeração de pessoas e risco a saúde pública, uma vez que ainda estamos enfrentando uma pandemia. (…) O direito à candidatura não é afetado com a proibição das carreatas, pois a proibição será em benefício do meio ambiente e da ordem pública.”
Um estudo lançado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) revela que os automóveis são responsáveis por 72,6% das emissões de gases efeito estufa (GEE), vilões do aquecimento global.
Em um período em que se prega o modo de vida sustentável e a preservação do meio ambiente, queimar combustível fóssil (gasolina, álcool e diesel) e despejar toneladas de CO2 na atmosfera não parece ser um bom início para quem almeja chegar a ocupar um cargo público, sendo que existem outras maneiras de se fazer campanha e conseguir votos sem que se agrida fortemente o meio ambiente.
Dificilmente um candidato consegue controlar a euforia de seus cabos eleitorais e, por conseguinte, eles acabam emitindo decibéis acima do regramento legal permitido. A legislação estabelece um limite para a emissão de decibéis, em áreas residenciais o volume não pode ultrapassar 55 decibéis durante o dia e 45 no período da noite, já em setores comerciais o limite é de 65 decibéis no período diurno e 55 no noturno.
Uma carreta eleitoral também tumultua a mobilidade das pessoas, atrapalhando o trânsito de pedestres e de veículos nas vias por onde passa, trazendo um desserviço à cidade e porque não, ao processo eleitoral.