Prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, não tem se colocado como nome para o pleito de 2022. Vai completar o segundo mandato à frente da terceira maior prefeitura do Estado.
O que não significa que ele não terá papel preponderante no próximo pleito. Os candidatos a governador vão ter que passar na Capital do Vale do Itajaí e sentar com Hildebrandt.
Filiado ao Podemos, o mandatário conquistou 72,10% dos votos válidos em 2020, marca somente suplantada por outro fenômeno eleitoral no território catarinense, Clésio Salvaro (PSDB), de Criciúma.
Condição que confere um status diferenciado a Hildebrandt com vistas ao ano que vem. Sobretudo considerando-se que a votação expressiva é dele, não do partido. Que aliás, ainda é novo e vem em franca ascensão.
Tropa de choque
É preciso considerar que não foi apenas uma vitória expressiva em termos numéricos. Mário Hildebrandt enfrentou um ex-prefeito de dois mandatos, ex-presidente da Eletrosul e ex-deputado estadual e federal que presidia um partido em Santa Catarina – João Paulo Kleinübing – ; enfrentou dois deputados estaduais, um recordista à Alesc – Ricardo Alba – e outro estava em destaque na mídia em função da CPI dos Respiradores – Ivan Naatz – e, ainda, uma ex-deputada estadual cujo marido foi prefeito duas vezes, deputado federal e preside a sigla deles no estado – Ana Paula Lima.
Novidade
Sem contar que a candidatura do Novo, na figura do promotor Odair Tramontin, teve peso considerável neste contexto blumenauense.
Fazendo história
Trocando em miúdos: foi uma vitória maiúscula, histórica em Santa Catarina. Blumenau sempre teve papel de destaque nas eleições estaduais. Em 2022, por todos estes detalhes que fortalece a conquista do prefeito, o papel de um dos atores principais das eleições será dele. Mesmo com o nome fora das urnas.
Plantar e colher
Reflexos da gestão, da postura e do reconhecimento eleitoral que recebeu dos blumenauenses, um eleitorado exigente em Santa Catarina.
Dobradinha
Ainda sobre o Podemos de Blumenau, o ex-deputado Jean Kuhlmann será candidato do partido a deputado federal, em dobradinha com o secretário de Comunicação da Prefeitura, André Espezim. O projeto tem o respaldo de Mário Hildebrandt.
Espaço
Jean Kuhlmann assinará ficha no Podemos com o compromisso de que o ex-deputado Paulo Bornhausen não disputará a Câmara novamente. É a mesma condição para a chegada de Rodrigo Coelho (ex-PSB), deputado federal, ao partido.
Proa
Aliás, toda a coordenação está a cargo do próprio Paulinho Bornhausen e do ex-prefeito de Palhoça, Camilo Martins, presidente estadual do Podemos.
Camilo fez o sucessor na cidade, Eduardo Freccia, com grande folga na eleição de 2020. Na janela de março, ele vai se licenciar do comando partidário para dedicar-se à candidatura a deputado estadual no espaço do pai, Nazareno Martins. O deputado sairá do PSB na janela de março para também filiar-se ao Podemos.
Baixas
O fortalecimento do Podemos e de outros siglas coincide com defecções importantes no PSD.
O partido já perdeu o deputado Kennedy Nunes, que assumiu o PTB em sintonia com o projeto do senador Jorginho Mello. Kuhlmann também sai do PSD para reforçar o Podemos.
Como Darci de Matos vai novamente a federal, o PSD na Alesc tende a perder cadeiras em 2020, considerando-se o cenário atual.