O deputado estadual Carlos Humberto seguirá como líder do governo na Assembleia Legislativa. Decisão tomada durante reunião com o chefe do Executivo estadual, Jorginho Mello.
O governador ofereceu qualquer posição que o parlamentar quisesse na administração estadual.
Carlos Humberto agradeceu, mas declinou. Ele comunicou a Jorginho que continua como pré-candidato a prefeito de Balneário Camboriú. Aliás, é o único nome do PL, do 22 até agora na cidade apesar de o governador ter transferido ao prefeito Fabrício Oliveira o direito de definir a candidatura.
A leitura é clara, cristalina: Jorginho Mello não quis bater de frente e se sujeitou aos empresários aos quais o prefeito é ligado; e também a alguns líderes evangélicos da cidade, especialmente o pastor Michael Aboud, da Embaixada do Reino de Deus. O líder religioso é muito ligado ao pastor Silas Malafaia que, a seu turno, é muito próximo de Michelle Bolsonaro.
A ex-primeira-dama entrou no circuito em favor do jovem e marqueteiro alcaide, que está em fim de mandato e faz movimentos erráticos do ponto de vista político.
Carlos Humberto avalia que o prefeito não vai encontra candidato viável daqui até a convenção do PL de Balneário Camboriú. Fabrício, aliás, sinaliza que pode mesmo estar querendo perder a eleição para tentar voltar em 2028.
Até porque essa posição do deputado Carlos Humberto enfraquece ainda mais o prefeito e fortalece o projeto da vereadora Juliana Pavan, do PSD, e filha de um arqui-inimigo do goverandor.
Outro sinal neste emaranhado. Jorginho sinaliza que prefere perder a eleição do que ficar contra o empresariado e as lideranças evangélicas da dubai brasileira.
Nessa toada, o cenário vai se encaminhando para o que parece ser o desejo de Fabrício Oliveira: perder a eleição ao trabalhar para barrar o candidato natural e mais forte, que atende pelo nome de Carlos Humberto.
foto> Ag. Alesc, arquivo, divulgação