No ano passado, o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício de Oliveira (D), à época filiado ao Podemos, colocou uma ideia maluca na cabeça: queria ser candidato a governador pelo partido.
Se a legenda tivesse nome para a cabeça de chapa em 2022, o natural seria a indicação do prefeito reeleito de Blumenau, Mário Hildebrandt.
Evidentemente que o alcaide não conseguiu o intento. Aliás, só em Balneário algumas pessoas acreditaram que ele poderia disputar. O assunto não foi levado a sério entre os principais líderes políticos de Santa Catarina. Simplesmente porque não tinha nem pé nem cabeça para quem conhece um pouco da política catarinense.
Fabrício acabou por apoiar Jorginho Mello na reta final, transferindo-se para o PL quando o jogo já estava batido em favor do atual governador.
Na eleição passada, seu ex-vice-prefeito, Carlos Humberto (E), elegeu-se deputado estadual.
A partir daí, Fabrício passou a fazer movimentos estapafúrdios, quase grotescos, para tentar barrar a candidatura do parlamentar, que é favorito ao pleito municipal.
As ações têm gerado reações das bancadas federal (seis) e estadual (11) do PL. Nos últimos dias já houve reuniões neste contexto de apoio dos deputados a candidatura de colegas em colégios eleitorais estratégicos. Caso do balneário mais badalado do Sul.
Veja os vídeos com as manifestações de Zé Trovão (federal) e Maurício Peixer (estadual) em favor de Carlos Humberto.
Se o prefeito acha mesmo que pode sabotar a candidatura do PL para emplacar um vereador de segundo mandato filiado ao Patriota e, assim, favorecer o projeto da família Pavan, pode ir tirando o cavalinho da chuva.
Ou ele vai ter que aderir ao movimento de Carlos Humberto, que guarda relação com as articulações do governador para buscar seu segundo mandato em 2026; ou terá que mudar de partido novamente.
Fabrício já esteve no PSDB, migrou para o PSB (sempre na esquerda), depois Podemos e agora de forma oportunista assinou no PL.
Maurício Peixer, primeiro suplente do PL, mas no exercício do mandato, tem declarado que os parlamentares estarão com Carlos Humberto queira o governador ou não. Recado mais cristalino seria impossível.
Importante registrar, também, que ninguém está entendendo a leniência do governador em relação ao caso de Balneário Camboriú. Jorginho preside o PL no estado e tem feito de conta que o assunto não é com ele. O governador está sendo omisso e foi deixando a megalomania do prefeito ganhar corpo.
