Durante comissão geral (foto interna) que discutiu sobre o surto de microcefalia no Brasil, nesta semana, a deputada federal Carmen Zanotto (PPS-SC) reivindicou que o governo federal libere os recursos da saúde que estão contingenciados, referentes ao orçamento deste ano.
“Quero fazer um apelo à equipe econômica. Hospitais filantrópicos, estados e municípios precisam receber. Por favor, liberem pelo menos R$ 6 bilhões, porque estamos diante de uma emergência sanitária”, alertou a parlamentar, que foi saudada com aplausos dos presentes à comissão geral.
São R$ 13,4 bilhões o total de verbas da saúde contingenciadas. “Nós estamos vivendo uma grande emergência sanitária, o próprio nome já define. Todos os esforços precisam ser feitos para que nós possamos, no mínimo, diminuir o que estamos vivendo”, acrescentou Carmen Zanotto.
Quanto a microcefalia, a deputada argumenta sobre a necessidade de investimentos pesados para oferecer cuidados e estímulos precoces a crianças afetadas. “Vamos precisar de centros de acolhimento e tratamento especializados”, afirma.
A deputada também comentou que no universo da sociedade, a população precisa fazer sua parte no combate ao Aedes Aegypti. “As pesquisas mostram que mais de 90% das pessoas sabem o que fazer, mas não fazem”, comparou.
CNS, Conass e Conasems
Na comissão geral, Carmen Zanotto mencionou o teor de documento, de 15 de dezembro, deste ano, elaborado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, do (Conasems), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Saúde (CNS) que trata do risco que o SUS corre se não contar com mais recursos.
No texto, os colegiados descrevem as dificuldades de prover a saúde da população devido ao sub-financiamento crônico do SUS. Caso permaneça esse quadro, de acordo com os colegiados, há “possibilidade concreta de paralisação desses serviços essenciais de saúde, colocando em risco a vida de milhares de brasileiros que necessitam do Sistema Único de Saúde”.
Fotos: divulgação