Um conjunto de proposições para o desenvolvimento e a competitividade das cooperativas – endereçado aos candidatos às eleições de 2022 – foi elaborado pela Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC) e anunciado hoje (31/08).
“Participar ativamente do processo eleitoral e acompanhar seu impacto junto à sociedade é fundamental para o exercício da democracia”, observa o presidente Luiz Vicente Suzin. O documento elencou as pautas no plano estadual e na esfera federal com o objetivo de sensibilizar os candidatos e futuros governantes sobre as demandas prioritárias do sistema cooperativista. Entre as reivindicações constam propostas como ampliar a segurança no setor rural, programas permanente de combate às estiagens, energia e conectividade para o campo,. No âmbito estadual, o documento propõe políticas em três áreas: fortalecimento sistêmico, apoio à agroindústria cooperativa e manutenção da competitividade. No âmbito federal a carta traz as demandas apresentadas pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) que foram estruturadas cinco linha de ação: cooperativas como protagonistas de uma nova economia, cooperativismo como modelo econômico do desenvolvimento sustentável, cooperativas em prol de cidades e comunidades mais prósperas, construindo o futuro do trabalho pela cooperação e bases estruturantes para impulsionar o Brasil. Na íntegra, a carta aberta: CARTA ABERTA AOS CANDIDATOS AO PLEITO ELEITORAL 2022
Manter a competitividade e o desenvolvimento das cooperativas catarinenses é o compromisso da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC). Na função de entidade representativa do cooperativismo catarinense, a OCESC apresenta as principais reivindicações do setor para o pleito eleitoral de 2022. Em Santa Catarina, são 255 cooperativas registradas na OCESC em sete diferentes ramos de atuação econômica: 1) agropecuário; 2) consumo; 3) crédito; 4) infraestrutura; 5) trabalho, produção de bens e serviços; 6) saúde; 7) transporte. No consolidado de 31/12/2021, as cooperativas movimentaram R$ 68 bilhões em negócios, congregam 3,4 milhões de cooperados e geram 83.000 empregos diretos. Como um modelo societário isonômico e integrativo tem forte atuação e preocupação com o desenvolvimento sustentável nas comunidades onde atuam. É reconhecido que onde as cooperativas são mais representativas o IDH e melhor, reforçando a importância das cooperativas na sustentabilidade local. Pautas prioritárias do COOPERATIVESMO CATARINENSE ÂMBITO ESTADUAL POLÍTICAS DE FORTALECIMENTO SISTÊMICO As cooperativas são reconhecidas por promoverem o desenvolvimento econômico e social nas comunidades onde estão inseridas. Nesse sentido, e necessário que os próximos governantes atuem na valorização dos impactos positivos desse modelo de negócio. · Compromisso com o fortalecimento da FRENCOOP-SC; · Ampliar a segurança no campo; · Ensino do tema cooperativismo nas escolas.
POLÍTICAS DE APOIO À AGROINDÚSTRIA COOPERATIVA CATARINENSE Com o intuito de manter e ampliar o protagonismo da agroindústria cooperativa catarinense, o sistema espera que os próximos governantes atuem na defesa do crescimento da produção e do mercado interno e externo, em equilíbrio com a sanidade e preservação ambiental. · Autonomia orçamentária para a Secretaria da Agricultura; · Definição de programas permanentes de combate aos efeitos da estiagem; · Potencialização das ações de defesa agropecuária. POLÍTICAS DE MANUTENÇÃO DA COMPETITIVIIDADE Para que haja o desenvolvimento de todas as regiões do Estado são necessárias condições favoráveis, através de investimentos em tecnologia, conectividade, disponibilização de energia e escoamento de produção. · Adequar as condições para os setores produtivos através de infraestrutura de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias; · Disponibilizar conectividade a todas as regiões do Estado; · Garantir a disponibilidade de energia elétrica de qualidade; · Tratamento justo dos tributos estaduais com relação aos outros Estados; · Avançar na política de privatização. ÂMBITO FEDERAL
COOPERATIVAS COMO PROTAGONISTAS DE UMA NOVA ECONOMIA Esperamos que o próximo governo busque fortalecer o papel do cooperativismo como parte da agenda estratégica do País, reconhecendo os diferenciais das sociedades cooperativas e seu alto impacto para o desenvolvimento de pessoas e comunidades. · Justiça social e adequado tratamento tributário ao ato cooperativo; · Legislações e políticas públicas de apoio e estímulo ao cooperativismo; · Inserção do cooperativismo em novos mercados; · Espaços de representatividade e de participação; COOPERATIVISMO COMO MODELO ECONÔMICO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Destacamos a importância de propostas que valorizem o papel das cooperativas para combatermos a fome, alcançarmos a segurança alimentar e a melhoria da nutrição no Brasil e no mundo, por meio de uma produção agropecuária sustentável. · Segurança alimentar, combate à fome e agregação de valor à produção; · A transição para uma economia de baixo carbono. COOPERATIVAS EM PROL DE CIDADES E COMUNIDADES MAIS PRÓSPERAS Destacamos diversas propostas de como as cooperativas podem contribuir, ainda mais, com o governo para prestação de serviços de interesse publico com maior dinamismo e eficiência. · Inclusão financeira e desenvolvimento regional; · Cooperativismo no desenvolvimento do Norte e do Nordeste; · Acesso universal aos serviços de saúde; · Energia de qualidade no campo e nas cidades; · Educação inclusiva, equitativa e de qualidade; · Mobilidade urbana; · Aproveitamento do potencial turístico e de lazer; · Moradia própria e construção de unidades habitacionais. CONSTRUINDO O FUTURO DO TRABALHO PELA COOPERAÇÃO Pensar em cooperativismo é também refletir sobre políticas públicas de incentivo às novas tendências de se trabalhar em rede, conectar pessoas e colocá-las no centro das tomadas de decisão de seus próprios negócios, por meio do empreendedorismo coletivo e da autogestão. · Proteção social e geração de renda por meio do empreendedorismo coletivo; · Comércio justo e plataforma da economia colaborativa; · Condição de segurado especial por cooperados. BASES ESTRUTURANTES PARA IMPULSIONAR O BRASIL Parte significativa dos desafios para se empreender no Brasil diz respeito à busca por um ambiente de negócios favorável. Neste contexto, previsibilidade e estabilidade econômica, controle da inflação, infraestrutura e logística, qualificação profissional e políticas de incentivo social e econômico são fatores fundamentais. · Previsibilidade e estabilidade econômica; · Contas públicas e responsabilidade fiscal; · Melhoria do ambiente de negócios e aumento da competitividade; · Educação e formação profissional como bases de desenvolvimento do País; · Estímulo a instituições eficazes, responsáveis e transparentes. |