Pesquisa realizada pelo Datafolha aponta que 77% da população está satisfeita com os serviços prestados pelas serventias
Liderando o ranking das instituições públicas e privadas mais confiáveis e mais bem avaliadas do País, os cartórios brasileiros conquistaram a admiração da população, de acordo com a última pesquisa divulgada pelo Datafolha para medir a satisfação dos brasileiros com órgãos e instituições públicas, realizada no final de 2015. O estudo do Instituto apontou que o nível de satisfação dos usuários com as atividades extrajudiciais é de 77% e está à frente, por exemplo, dos Correios (69%), empresas de água (43%), empresas de energia (42%), Detran (38%), serviço de emissão de passaporte (36%), concessionárias de estrada (36%), bancos (33%) e prefeituras (22%).
Na avaliação do índice de confiança, com notas de 0 a 10, as serventias conquistaram a primeira posição, com média de 7,6. A pesquisa apurou ainda que 74% dos usuários são contra alterações no sistema de funcionamento atual e rejeitam a estatização dos serviços notariais e registrais. Para o Presidente da Associação dos Notários e Registradores de Santa Catarina (Anoreg/SC), Otávio Margarida, o resultado é reflexo do trabalho que vem sendo realizado em modernização nos últimos anos. “Este reconhecimento vem em resposta ao trabalho sério realizado ao longo da história dos cartórios no País, mais recentemente apostando em tecnologia e procedimentos para conferir segurança jurídica aos atos, e sempre defendendo a desburocratização e desjudicialização dos processos”, considera.
A pesquisa mostra que as serventias brasileiras estão na vanguarda no que se refere à modernização dos processos e têm investido na promoção da segurança jurídica, da informatização, na capacitação de servidores e padronização de procedimentos. Além da credibilidade e qualidade dos serviços, chama a atenção o resultado do relatório Doing Business, produzido pelo Banco Mundial, segundo o qual o custo de transmissão de imóveis no Brasil (gastos com escritura pública, registro e imposto Municipal) é menor do que o praticado nos países ricos e inferior à média da América Latina: 3,5% no Brasil 4,2% na Europa e 6,1% nos demais países latinos.
Universo pesquisado – Foram entrevistados homens e mulheres com mais de 18 anos, abordados na saída dos cartórios, logo após a utilização do serviço. As abordagens ocorreram no período de 29 de outubro a 04 de novembro, em 97 cartórios, em diferentes horários e dias da semana, de forma a ser representativa da população usuária deste tipo de serviço.
A maior parcela é composta por homens, 55% têm ensino superior, com renda acima de cinco salários mínimos, e 86% faz parte da população economicamente ativa. Além disso, 57% foram ao cartório para uso próprio e 32% para uso de empresa. Dentre as categorias, os mais utilizados são os de Notas e de Registro Civil, com 44% e 39% respectivamente.