A Celesc obteve um dos melhores resultados financeiros e operacionais de sua história em 2024, com destaque para o crescimento do lucro líquido e do Ebitda (sigla em inglês que representa o lucro obtido antes de subtrair os juros, impostos, depreciação e amortização), bem como redução nas provisões líquidas. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (28) e mostram que o ano da Companhia foi marcado por importantes investimentos em infraestrutura e pela superação das metas regulatórias de qualidade na prestação do serviço.
Em 2024, o lucro líquido consolidado chegou a R$ 715,8 milhões, o que representa um aumento de 28,5% em relação ao ano anterior. Por sua vez, o Ebitda do grupo Celesc obteve crescimento de 37,5%, alcançando R$ 1,567 bilhão.
A Receita Operacional Líquida somou
R$ 10,659 bilhões, registrando um crescimento de 2,5% em comparação com 2023. Esse desempenho foi impulsionado, no segmento de distribuição, pelo aumento da energia faturada, que chegou a 29.487 GWh. Os reajustes tarifários, determinados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e aplicados em agosto de 2023 e 2024, com aumentos médios de 2,30% e 3,02%, também contribuíram para o resultado.
Outro fator que explica os resultados positivos é o aumento no número de clientes: a Celesc Distribuição atingiu um total de 3.465.509 consumidores, um crescimento de 2,1% em relação a dezembro de 2023. A Companhia também conseguiu manter as perdas de energia abaixo do limite regulatório, resultando em um ganho financeiro de R$ 108,5 milhões no ano.
No segmento de Geração, a Celesc registrou resultados históricos em seu parque de usinas hidrelétricas, destacando-se o maior pico de geração instantânea já registrado (109 MW, com 95% da potência instalada), o maior volume de energia gerada em um ano (647,5 GWh) e a maior disponibilidade das máquinas, que atingiu 93,0%
O presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, comemorou os números. “Esse resultado é positivo para todos: fortalece a Celesc para continuar investindo, beneficia os empregados com a Participação nos Lucros e Resultados, gera retorno aos acionistas e, acima de tudo, permite que a sociedade siga contando com um serviço de qualidade em Santa Catarina”, afirmou.
Para o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Celesc, Júlio César Pungan, os resultados de 2024 refletem o compromisso da empresa com a eficiência operacional e a sustentabilidade financeira. “O crescimento expressivo do Ebitda e do lucro líquido, aliado à redução de custos e provisões, demonstra a capacidade da Companhia de gerar valor de forma consistente. Mantivemos uma sólida gestão financeira, mesmo com os aumentos nos níveis de endividamento, resultantes principalmente das emissões de debêntures para financiar investimentos estratégicos. Esses recursos são essenciais para garantir a continuidade dos nossos projetos de expansão e modernização”, disse.
Investimentos e expansão da capacidade
Os investimentos da Celesc em 2024 totalizaram R$ 1,265 bilhão, sendo R$ 1,230 bilhão destinado à expansão e melhoria do segmento de distribuição e R$ 34,2 milhões à geração. O destaque vai para as obras de ampliação do sistema elétrico, que aumentaram a capacidade de atendimento à crescente demanda da área de concessão, garantindo um fornecimento de energia mais estável e eficiente.
A Empresa também deu continuidade à implementação do programa de energia trifásica, que substitui redes rurais monofásicas, proporcionando maior resistência a desligamentos acidentais. Além disso, foram realizados investimentos na modernização do sistema elétrico, com a instalação de medidores inteligentes na Capital, e na expansão de uma matriz energética mais limpa e renovável, com a construção de usinas fotovoltaicas.
A dívida líquida consolidada da Celesc ao final de 2024 totalizou R$ 3,254 bilhões, representando um aumento de 43,6% em relação ao período anterior. Esse crescimento foi impulsionado pela emissão de debêntures da Celesc Distribuição, com o objetivo de captar recursos para dar continuidade aos investimentos de ampliação e modernização na sua área de concessão. Apesar do aumento, a Companhia manteve sua alavancagem em 2,1 vezes o EBITDA, evidenciando uma gestão financeira equilibrada.