O anúncio oficial do prefeito Udo Döhler (MDB), confirmando (até segunda ordem) que não renunciará à prefeitura de Joinville, o que o deixa fora da disputa majoritária estadual; e a delação que citou suposto Caixa 2 para o senador Paulo Bauer (PSDB), colocando uma certa dúvida sobre sua viabilidade eleitoral como pré-candidato ao governo daqui em diante; fortalecem o pré-candidato do PSD ao governo, Gelson Merisio.
Tanto é verdade que o próprio Raimundo Colombo passou a interagir novamente com Merisio, corrigindo a rota de seu plano original de renovar a aliança com o MDB. Somente Udo Döhler poderia salvar o casamento. Colombo nem esperou a decisão de Udo. Está no projeto que vem sendo costurado, habilmente, pelo deputado.
Merisio demonstra musculatura política. Além dos acordos com PP e PSB, tem outros oito partidos menores em sua órbita, e influencia em torno de 25 deputados na Assembleia. Não é pouca coisa no cenário atual. Além disso, Merisio está montando chapas proporcionais fortíssimas à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa.
Agora o desafio do pessedista é buscar maior visibilidade para poder construir lastro eleitoral compatível a esta articulação política.
Cidadão catarinense
Durante ato político em Florianópolis, neste sábado, 24, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou muito sobre Educação. Disse que se for presidente vai federalizar o ensino médio.
Sobre o desembargador aposentado Lédio Rosa, que estava no palanque e deve ser o candidato do partido ao governo, Lula falou que ele vem de uma área importante da sociedade, o Judiciário, e que é um defensor da Democracia.
Inocente
O ex-presidente também voltou a dizer que é inocente (em relação à condenação do tríplex do Guarujá) e das outras acusações às quais responde; e também falou de um legado do seu governo em Santa Catarina. Enfatizou a criação de universidades.
Lula da Silva prometeu que, se for eleito, vai revogar a PEC que congelou os investimentos em Saúde e Educação.
Alternativa
Presidente estadual do PT, o deputado Décio Lima destacou aquilo que considera o legado do líder petista no Estado. Reforçou o que disse o ex-presidente, destacando a criação de universidades. Décio também atribuiu ao governo Lula melhorias no Porto de Itajaí e a duplicação da BR-101 (sul). O petista catarinense também afirmou que o ato em Florianópolis é um marco, que o partido terá candidato ao governo para “romper com o ciclo da tríplice aliança.”
Movimento na Alesc
Na sexta-feira cedo, o presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Natalino Lázare, manifestou-se publicamente: já estava articulando um movimento na Casa para revogar o título de cidadão honorário de Santa Catarina concedido a Lula da Silva em 2008.
Outra realidade
O parlamentar, que não era deputado à época da concessão, pontuou que não queria entrar no mérito da questão há 10 anos, mas deixou muito claro que neste momento o ex-presidente não reúne condições jurídicas e morais para ser agraciado com a honraria.
Apoio
Na sequência, outros deputados começaram a se manifestar. Destaque para Marcos Vieira, do PSDB, e Maurício Eskudlark, do PR, que também foram veementes. O presidente da Casa será pressionado, Aldo Schneider, será pressionado a partir desta segunda-feira, 26.