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Cenário indica que disputa pela presidência da OAB-SC pode surpreender

Fato inédito na história da entidade, o registro de quatro chapas para a disputa pela direção da seccional catarinense da OAB torna difícil antecipar qualquer previsão sobre o resultado das eleições marcadas para o dia 25 de novembro. A desistência do presidente Rafael Horn de concorrer à reeleição, divulgada às vésperas da inscrição das chapas, alimentou clima de falta de liderança na entidade, dificultando em muito a sucessão e afastando o favoritismo de qualquer um dos nomes envolvidos na disputa. Outro fato novo foi o lançamento de duas candidatas mulheres. Apesar de as advogadas representarem metade dos inscritos, até hoje a entidade nunca teve uma presidente mulher eleita.
A primeira chapa inscrita foi a de Hélio Brasil, que concorre pela segunda vez ao cargo. A advogada Vivian De Gann, que atualmente é vice-presidente da Comissão de Compliance da seccional, apresentou seu nome em seguida e se tornou a primeira candidata à presidência da OAB/SC da história. Gabriel Kazapi, ex-candidato a vice-prefeito da Capital pelo PT, inscreveu sua chapa no dia 22, sexta-feira, e surpreendeu até mesmo a candidatura da presidente da CAASC, a advogada Claudia Prudêncio, última a formalizar a entrada no pleito, quando normalmente o candidato da situação é o primeiro a se inscrever. Enfrentou dificuldades para fechar sua chapa.
A campanha começa aberta. O grupo de Horn demonstra desgaste, com várias baixas em seus quadros atuais e a definição de última hora da candidatura da sucessora em razão da desistência do presidente em concorrer à reeleição.
Pela oposição a surpresa é Vivian De Gann, que teve o nome escolhido em uma consulta pública junto aos advogados e advogadas de todo o Estado e recebeu apoio de colegas com grande experiência de Ordem e da jovem advocacia.
Já o candidato Hélio Brasil não tem demonstrado a mesma força do último pleito, sobretudo por não contar, dessa vez, com o apoio da CAASC, essencial em sua última campanha e à época liderada por Marcão Silva, de Brusque.
Gabriel Kazapi enfrenta resistência natural da advocacia pela filiação ao Partido dos Trabalhadores. A contaminação da entidade pela política partidária é alvo de duras críticas dos advogados, principalmente pela atuação do presidente Felipe Santa Cruz à frente da OAB Nacional.
As eleições da OAB ocorrerão de forma híbrida, com possiblidade de voto digital ou presencial.

Hélio Brasil
Vivian de Gann

 

Gabriel Kazapi

 

Claudia Prudêncio – fotos>arquivo, divulgação

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