Com a reunificação do PSDB, após a dura disputa de 2015 entre Marcos Vieira (que ganhou a presidência) e Paulo Bauer (D), episódio já superado, o partido sinaliza claramente que ruma na direção de candidatura própria ao governo do Estado. Evidentemente que os tucanos aceitam receber o apoio de outras legendas, notadamente de PMDB e de PSD. Mas no contexto atual, é pouco provável que isso ocorra. Principalmente em relação aos peemedebistas, que não vão ficar uma terceira eleição consecutiva sem lançar cabeça de chapa em Santa Catarina.
No PSD, o cenário é um pouco mais flexível, embora o projeto do partido tenha avançado bastante sob a condução de Gelson Merisio (E). Ele, obviamente, aceita conversar, mas também não será uma negociação fácil se envolver o PSDB. Até porque agora, internamente, Merisio tem a concorrência declarada de João Rodrigues.
O tucanato terá candidato a presidente. Muito provavelmente, o paulista Geraldo Alckmin, que deseja contar com o respaldo de Raimundo Colombo e o próprio Merisio. Mas sem oferecer nada em troca? A contrapartida natural do PSDB seria o apoio da seção Barriga-Verde da legenda ao projeto pessedista.
Segundo turno
De qualquer maneira, os integrantes do ninho parecem decididos a ter concorrente ao governo, nem que seja em chapa pura. Se isso efetivamente ocorrer, se não for apenas uma estratégia e sim uma disposição dos tucanos, a eleição catarinense de 2018 muda de figura, abrindo a possibilidade real de segundo turno para definir o novo governador.
Quarteto
Neste cenário, teríamos quatro grandes candidaturas: PMDB (provavelmente Mauro Mariani), PT (com Décio Lima), PSDB ( com Paulo Bauer) e PSD (com Gelson Merisio). Mas há quem veja na volta de Júlio Garcia ao cenário político-eleitoral e as mais recentes declarações do deputado João Rodrigues, a possibilidade concreta de reedição da tríplice aliança, com PMDB, PSD e PSDB isolando Esperidião Amin. Não por acaso, o ex-governador passou a flertar com o PT! Neste caso, a eleição poderia se encaminhar para definição em turno único.
Foto>Alessandro Bonassoli, arquivo, divulgação